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Série A Seleção #2


Títulos: A Herdeira #4 | A Coroa #5
Autora: Kiera Cass
Série: A Seleção
Editora: Seguinte
Ano: 2015 | 2016
Páginas: 390 | 310
Livro: Skoob | Skoob
Sinopse:

Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, a filha mais velha do casal. Criada para ser uma líder forte e independentes, ela nunca quis viver um conto de fadas como o de seus pais. Por isso, antes de conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, a jovem está totalmente descrente.

Mas, assim que a competição começa, a situação muda de figura, e Eadlyn percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto imaginava.


Confira a primeira parte da resenha de A Seleção aqui.

Olá, dragões!

Bom, depois de contar à vocês a história de America Singer, a garota da Casta Cinco que se tornou princesa ao se apaixonar pelo príncipe Maxon, temos a continuação da série com A Herdeira e A Coroa com um detalhe: ela se passa 20 anos após o término dos três primeiros livros e nos traz... a filha do casal!

Sete minutos fizeram de Eadlyn a futura rainha de Illea: ela possui um irmão gêmeo, Ahren, que é seu melhor amigo e a pessoa a quem mais conhece. Além deles, American e Maxon tiveram mais dois filhos, Kaden e Osten.

Após a eliminação do sistema de Castas, Illea tinha tudo para se manter na paz, mas vem enfrentando dificuldades: a população ainda sofre com problemas locais e o preconceito que se manteve nos mais velhos pelo sistema de castas (aquela coisa de: ah, o pai dele era um sete! Você não vai se misturar com essa gentalha). Assim, rebeldes de algumas regiões têm causado muitos distúrbios ao reino.

- Eu sou feliz, Ahren. Sou a princesa. Tenho tudo.
- Acho que você confunde conforto com felicidade.

Até que nosso casal favorito tem uma ideia: criar uma Seleção para sua filha e nossa protagonista, para que o povo se distraia enquanto o Rei Maxon pensa em como resolver a situação de Illea (quem diria que nossos heróis usariam do pão e circo?).

No entanto, diferente de America que veio de uma família humilde e era uma personagem extremamente humanitária e justa, diferente de Maxon que apesar de ter nascido em berço de ouro sempre tentou se abrir para como era o mundo fora de seu palácio... Eadlyn é uma garota mimada, fechada, insensível e sem muita visão de mundo.

Acha que por ter sido criada para ser rainha, tem ideia de como tudo funciona. E sim, ela é inteligente, foi muito bem criada pelos pais e pelos "tios" - mantemos contato com nossos queridos Aspen, Lucy e Marlee -, mas é o tipo de pessoa cabeça dura que não vê fora do próprio umbigo. Assim sendo, ela não aceita bem a ideia da Seleção, mas não tem muita escolha.

Você tem um emprego, como qualquer outra pessoa. Pare de agir como se ser rainha fizesse de você alguém melhor ou pior que os outros.

Eadlyn faz um pacto com seu pai: sua seleção irá durar 3 meses, tempo que ele terá para resolver a situação do reino, e caso não se apaixone até o final dos 3 meses, a seleção será cancelada. Mas como nossa vida muitas vezes foge de nossas rédeas porque as coisas nunca são como esperamos... Eadlyn começa a se conectar com vários dos candidatos, vendo o bem e as vidas fora do palácio em cada um deles.

A amizade que cresce entre Eadlyn e alguns dos concorrentes é muito bonita. E vemos a dificuldade que ela tem em se abrir: acha que por ter que se tornar Rainha, ninguém pode, jamais, ver algum lado seu que represente algo se não força.

Infelizmente para Eadlyn, ser tão fechada e aparentemente fria faz com que o povo não goste dela, a ache metida e antipática, forçando-a a ter cada vez mais encontros com os candidatos para que os jornais mostrem ao povo e, com isso, se apegue cada vez mais em seus novos amigos e possíveis amantes.

Eu tinha poder e nenhuma ideia de como usá-lo. Era uma governante que não sabia liderar. Uma gêmea sem meu irmão. Uma filha de pais ausentes. Tinha meia dúzia de pretendentes e não sabia direito como me apaixonar.

O maior problema é Eadlyn é: ela tenta racionalizar absolutamente tudo. E não podemos racionalizar o amor. A amizade. E aí que, em A Coroa as pessoas ficaram tão bravas: todos esperavam um final clichê, também racionalizando o amor. E não foi isso que tivemos.

O final me surpreendeu, mas não muito. As dicas de por quem nossa princesa de gelo se apaixona estão por todos os dois livros, desde o início. E o amor é assim: não é o mais fácil, o mais simples e o mais racional. Eadlyn ganha muitos melhores amigos ao tentar achar o amor e, onde menos espera, o encontra.

Nada te deixa mais consciente da presença de uma pessoa do que a falta dela.

O maior problema desses dois livros é a nossa protagonista e, infelizmente, deixaram um pouco de lado outros problemas do reino que poderiam ser um pouco mais explorados. De qualquer maneira, também não é de se surpreender, considerando os três primeiros livros que fazem exatamente a mesma coisa.

Para quem gosta de livros infanto-juvenis de romance e não liga de deixar a ação de lado, A Seleção é a série perfeita. Nos traz personagens secundários incríveis e um romance fofo e finais felizes, pra quando queremos uma "leitura conforto" (não temos comfort series? Então). A série caiu como uma luva pra mim, que andava de cabeça cheia e precisava de algo de leitura leve, fluida e sem muitos problemas que pudessem me deixar ansiosa demais.




Sobre mim: Letícia Proença, médica veterinária, até hoje não sabe como levou a graduação e a paixão por sites e livros lado a lado. Gostaria de saber como aumentar as horas do dia para poder fazer tudo o que gosta.

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