Título: Malorie
Título Original: Malorie
Autor: Josh Malerman
Série: Caixa de Pássaros - #2
Editora: Intrínseca
Ano: 2020
Páginas: 288
Livro: Skoob
Sinopse:
Doze anos se passaram desde que Malorie e os filhos atravessaram o rio com vendas no rosto, mas tapar os olhos ainda é uma regra que não podem deixar de seguir. Eles sabem que apenas um vislumbre das criaturas pode levar pessoas comuns a uma violência indescritível.1 - Caixa de Pássaros
Ainda não há explicação. Nenhuma solução.
Tudo o que Malorie pode fazer é sobreviver... e transmitir aos filhos sua determinação. Não se descuidem, diz a eles. Fiquem vendados. E NÃO ABRAM OS OLHOS.
Quando eles tomam conhecimento de uma notícia que parecia impossível, Malorie se permite ter esperança pela primeira vez desde o início do surto. Há sobreviventes. Pessoas que ela considerava mortas, mas que talvez estejam vivas.
Junto dessa informação, porém, ela acaba descobrindo coisas aterrorizantes: em lugares não tão distantes, alguns afirmam ter capturado as criaturas e feito experimentos. Invenções monstruosas e ideias extremamente perigosas. Além disso, circulam rumores de que as próprias criaturas se transformaram em algo ainda mais assustador.
Malorie agora precisa fazer uma escolha angustiante: viver de acordo com as regras de sobrevivência que funcionaram tão bem até então, ou se aventurar na escuridão e buscar a esperança mais uma vez.
2 - Malorie
Não tem quem não tenha ficado curioso com o final de Caixa de Pássaros, né? Sempre ficou a questão de “Mas e aí? Eles vão ficar lá pra sempre? E as criaturas?”
“Malorie” nos traz todas as respostas. Faz um bom tempo já que li o livro, mas o filme, que foi lançado em 2018, me ajudou a relembrar do essencial para conseguir compreender a continuação. Adoro a escrita do Josh, é sombria e nos faz ficar paranóicos também. Não cheguei a ficar no mesmo nível que com Caixa de Pássaros, lembro que foi um pouco sufocante ler a obra e imaginar estar também de vendas, mas nesse volume eu já estava mais habituada com todo o cenário, então não me causou tanta aflição.
O medo de Malorie reflete bastante sim no leitor, mas a euforia de Tom contrabalanceia isso. Ele é ávido por descobertas, então essa jornada é como uma viagem de férias pra ele. Então ao mesmo tempo em que concordamos com Malorie em ter cuidado, queremos ser ousados, arriscar e conhecer melhor esse mundo novo.
Achei a trajetória um pouco mais lenta do que em Caixa de Pássaros, não é uma leitura tão fluida, as coisas demoram mais pra acontecer, assim como não tem muita ação ou diálogos. É mais morno, mas temos que considerar que são circunstâncias diferentes.
Ainda assim, o suspense é presente e a curiosidade é sempre alta. Meu ritmo de leitura foi menor, mas a ansiedade pra saber no que tudo ia dar era grande.
Posso dizer que gostei do desfecho, certamente dá um ponto final e uma conclusão para história de Malorie e seus filhos. Ainda poderiam haver outros livros, sim, mas a necessidade já não é tamanha. Gostei muito também da personalidade de Olympia e Tom, foram muito bem desenvolvidas.
Pra quem leu Caixa de Pássaros, vale a pena a leitura. O único lado ruim é ter demorado muito pra sair, a distância de lançamento entre os dois livros é grande, mas é bem fácil se encontrar na obra com esse segundo volume, e se você curtiu o primeiro, pode apostar que vai gostar de se aventurar com a família mais uma vez.
Nota: 5
Sobre mim: Carolina Rodrigues, 25 anos, biomédica e autora do livro O Poder da Vingança. O que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias, ouvindo música e estando junto do seu taurino favorito.
Doze anos se passaram desde que Malorie e os filhos atravessaram o rio. Eles acreditavam estar seguros quando chegaram à escola de cegos, mas estavam errados. A criatura conseguiu entrar no lugar e enlouquecer todo mundo. Olympia foi quem conseguiu guiar Malorie até Tom, e juntos, os três seguiram mais uma vez pelas estradas, à procura de um lugar para se refugiar definitivamente.
Foi assim que encontraram o acampamento. Já fazem dez anos que vivem ali, mas Tom não considera aquilo como viver , e sim apenas sobreviver.
Tom se tornou um adolescente enérgico e curioso. Gosta de inventar e construir aparelhos, assim como o seu homônimo, o homem por quem Malorie se apaixonou. E Tom detestava viver sob as rédeas da mãe. Ele queria explorar, queria encontrar uma forma de co-existir com as criaturas, queria ser revolucionário.
Já Olympia se tornou uma adolescente sensata. Gosta muito de ler e se manter informada. Viajava nas histórias que lia, gostava de imaginar como o mundo já foi um dia. E ela temia que a imprudência de Tom eventualmente os prejudicasse.
Enquanto Malorie se tornou uma adulta e mãe paranóica. Haviam boatos de que agora as criaturas também enlouqueciam as pessoas ao tocarem nelas, então sempre que saíam, ela e seus filhos usavam vendas, gorros, luvas e roupas que cobriam o corpo inteiro. Nada podia ficar de fora, nada podia ser tocável.
Um dia, um homem bate à porta. Ele quer conversar, mas Malorie não permite que seus filhos atendam. Ela sabe que pode ser apenas mais um Gary, se fazendo de bonzinho, invadindo e destruindo a vida de todos.
Ainda assim, o homem deixa um conjunto de papéis na porta deles. Nos papéis, há relatos de pessoas de diferentes lugares, que dizem saber como lidar com as criaturas. E nos papéis, também há uma lista com nomes de pessoas que ainda estão vivas, e duas delas, são os pais de Malorie. Aqueles em quem há muito tempo ela já nem pensava mais, por imaginar que estariam mortos.
Malorie fica extremamente indecisa. Quer proteger os filhos, mas também quer estar junto dos pais. Então após muita reflexão, mesmo repleta de medo e incertezas, Malorie resolve ir com os filhos atrás dos pais. O primeiro passo pra isso é encontrar o Trem Cego, que os levará até a cidade.
Foi assim que encontraram o acampamento. Já fazem dez anos que vivem ali, mas Tom não considera aquilo como viver , e sim apenas sobreviver.
Tom se tornou um adolescente enérgico e curioso. Gosta de inventar e construir aparelhos, assim como o seu homônimo, o homem por quem Malorie se apaixonou. E Tom detestava viver sob as rédeas da mãe. Ele queria explorar, queria encontrar uma forma de co-existir com as criaturas, queria ser revolucionário.
Já Olympia se tornou uma adolescente sensata. Gosta muito de ler e se manter informada. Viajava nas histórias que lia, gostava de imaginar como o mundo já foi um dia. E ela temia que a imprudência de Tom eventualmente os prejudicasse.
Enquanto Malorie se tornou uma adulta e mãe paranóica. Haviam boatos de que agora as criaturas também enlouqueciam as pessoas ao tocarem nelas, então sempre que saíam, ela e seus filhos usavam vendas, gorros, luvas e roupas que cobriam o corpo inteiro. Nada podia ficar de fora, nada podia ser tocável.
Um dia, um homem bate à porta. Ele quer conversar, mas Malorie não permite que seus filhos atendam. Ela sabe que pode ser apenas mais um Gary, se fazendo de bonzinho, invadindo e destruindo a vida de todos.
Ainda assim, o homem deixa um conjunto de papéis na porta deles. Nos papéis, há relatos de pessoas de diferentes lugares, que dizem saber como lidar com as criaturas. E nos papéis, também há uma lista com nomes de pessoas que ainda estão vivas, e duas delas, são os pais de Malorie. Aqueles em quem há muito tempo ela já nem pensava mais, por imaginar que estariam mortos.
Malorie fica extremamente indecisa. Quer proteger os filhos, mas também quer estar junto dos pais. Então após muita reflexão, mesmo repleta de medo e incertezas, Malorie resolve ir com os filhos atrás dos pais. O primeiro passo pra isso é encontrar o Trem Cego, que os levará até a cidade.
Não tem quem não tenha ficado curioso com o final de Caixa de Pássaros, né? Sempre ficou a questão de “Mas e aí? Eles vão ficar lá pra sempre? E as criaturas?”
“Malorie” nos traz todas as respostas. Faz um bom tempo já que li o livro, mas o filme, que foi lançado em 2018, me ajudou a relembrar do essencial para conseguir compreender a continuação. Adoro a escrita do Josh, é sombria e nos faz ficar paranóicos também. Não cheguei a ficar no mesmo nível que com Caixa de Pássaros, lembro que foi um pouco sufocante ler a obra e imaginar estar também de vendas, mas nesse volume eu já estava mais habituada com todo o cenário, então não me causou tanta aflição.
O medo de Malorie reflete bastante sim no leitor, mas a euforia de Tom contrabalanceia isso. Ele é ávido por descobertas, então essa jornada é como uma viagem de férias pra ele. Então ao mesmo tempo em que concordamos com Malorie em ter cuidado, queremos ser ousados, arriscar e conhecer melhor esse mundo novo.
Aquele é o novo mundo. É assim que as coisas são e tem sido há muitos anos.Da histeria ao completo desconhecido.Os três, cegos, envoltos em tecidos, indo embora.Sozinhos.Outra vez.
Achei a trajetória um pouco mais lenta do que em Caixa de Pássaros, não é uma leitura tão fluida, as coisas demoram mais pra acontecer, assim como não tem muita ação ou diálogos. É mais morno, mas temos que considerar que são circunstâncias diferentes.
Ainda assim, o suspense é presente e a curiosidade é sempre alta. Meu ritmo de leitura foi menor, mas a ansiedade pra saber no que tudo ia dar era grande.
Posso dizer que gostei do desfecho, certamente dá um ponto final e uma conclusão para história de Malorie e seus filhos. Ainda poderiam haver outros livros, sim, mas a necessidade já não é tamanha. Gostei muito também da personalidade de Olympia e Tom, foram muito bem desenvolvidas.
Pra quem leu Caixa de Pássaros, vale a pena a leitura. O único lado ruim é ter demorado muito pra sair, a distância de lançamento entre os dois livros é grande, mas é bem fácil se encontrar na obra com esse segundo volume, e se você curtiu o primeiro, pode apostar que vai gostar de se aventurar com a família mais uma vez.
Sobre mim: Carolina Rodrigues, 25 anos, biomédica e autora do livro O Poder da Vingança. O que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias, ouvindo música e estando junto do seu taurino favorito.