SÉRIES #26 - Baseado em fatos reais



Oi, dragões! Vamos de série hoje?

Prosseguindo com os assistidos com o namorado durante a quarentena, acompanhamos duas minisséries produzidas pela Netflix que são baseadas em fatos reais.

Inacreditável: Marie passou por vários lares adotivos, até o dia em que foi estuprada. Ela logo chamou a polícia e foi realizado uma investigação acerca de seu caso, além das amostras coletadas de seu corpo e do quarto onde tudo aconteceu. No entanto, os detetives não contavam com muitas provas, e além disso, duas de suas mães adotivas os alertaram das atitudes prévias de Marie e de seu esforço para chamar a atenção. Com isso, eles a pressionam para que ela revele se realmente fora estuprada ou se era tudo uma mentira. Se vendo encurralada e sem apoio algum, com dois homens detetives insistindo que havia sido tudo inventado por ela, Marie aceita mudar seu depoimento, contradizendo o que havia dito inicialmente. Depois disso, sua vida desaba. Seus amigos a abandonam, ela perde o emprego, chovem repórteres em sua casa, a julgando e a incriminando por ter brincado com algo tão sério. Enquanto isso, em uma cidade distante da sua, duas detetives investigam casos de estupro bem semelhantes ao de Marie. Mas elas não conhecem Marie, e além da garota ter sido processada pela cidade pela mentira, o caso fora arquivado. Ao longo da minissérie, acompanhamos as duas detetives se dedicando ao máximo pelas suas vítimas, dando todo o apoio necessário e também se esforçando para encontrar o cara que fizera aquilo. Ele era meticuloso, sabia como não deixar rastros, nem mesmo DNA, e o que as vítimas relatavam apontavam para o estuprador em série ser a mesma pessoa. Embora as cenas de agressão não serem totalmente explícitas, é uma série que impacta e é terrivelmente triste ver que doentes mentais como esses ainda existem. E principalmente é triste ver dois detetives desacreditando totalmente da confissão de uma vítima, e ainda a processando por isso. Podemos ver com clareza a diferença no tratamento dos dois detetives homens pras duas detetives mulheres, a forma como elas lidam e seu real interesse em capturar o agressor. Os episódios são um pouco longos, mas a série conta com apenas 8 episódios, então conseguimos terminar de assistir rapidinho. A história real aconteceu em 2008, e é bacana como a produção se mostrou fiel em mostrar a tecnologia exatamente como era nessa época, os celulares antigos, os notebooks mais pesados. Gostamos muito também das atuações e recomendamos bastante a série pela sua importância.

Trailer:


Nada Ortodoxa: Esther Shapiro cresceu em uma comunidade judia e sabia bem qual era o objetivo do casamento arranjado, no qual se encontrava no momento: engravidar. Gerar filhos é algo muito importante para os judeus, uma vez que tantos foram mortos no holocausto, e ela não via problemas nisso, até tentar conceber. É um processo totalmente desprovido de amor, um ato doloroso, e após um ano sem conseguir atender às necessidades do marido, ele pede o divórcio. Completamente assustada e infeliz com a vida, Esther com seus 19 anos foge de Brooklyn, onde mora, e vai para a Alemanha. Lá, ela conhece um mundo totalmente diferente. A tecnologia, a música, o teatro, a moda, faz novos amigos, e vê tudo o que estivera perdendo. Mas além de precisar aprender a se adaptar àquela nova realidade, ela precisa também arranjar dinheiro para sobreviver sozinha, sem nem mesmo saber que seu marido está indo atrás dela para levá-la de volta. Com apenas 4 episódios de 50 minutos cada, a série consegue impactar bastante e ficamos comovidos com a garra de Esther em ter fugido. Muitas religiões ainda seguem suas tradições arcaicas, e tudo fora daquilo para ela é novidade. Também passamos a conhecer melhor o dia a dia de um judeu, suas crenças, a forma como os casamentos são programados, como é o relacionamento de um casal, e muitos outros costumes da cultura. Particularmente não sei como judeus devem encarar a produção dessa série, mostrando as razões para Esther ter fugido, mas é uma minissérie bem interessante de ser assistida!

Trailer:


Sobre mim: Carolina Rodrigues, 25 anos, biomédica e autora do livro O Poder da Vingança. O que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias, ouvindo música e estando junto do seu taurino favorito.

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