#TOCANDOTERROR - A Última Festa


Oi, pessoal!

A resenha de hoje se encaixa mais no suspense do que no terror em si, mas como ando meio sem opções de livros do gênero, foi a solução que encontrei haha.

#TOCANDOTERROR é um especial de terror para o mês do Halloween organizado por mim e pela Nana do Canto Cultzíneo. Acompanhe as postagens no Canto também!

Título: A Última Festa
Título Original: The Hunting Party
Autora: Lucy Foley
Editora: Intrínseca
Ano: 2020
Páginas: 304
Livro: Skoob
Sinopse:
Todo ano, nove amigos comemoram o réveillon juntos. Desta vez, apenas oito vão voltar para a casa depois da festa.
Programado para acontecer em um cenário idílico, o réveillon que Miranda, Katie e os outros amigos que conheceram na faculdade passarão juntos este ano promete refeições deliciosas regadas a champanhe, música, jogos e conversas descontraídas.
No entanto, as tensões começam já na viagem de trem — o grupo não tem mais nada em comum além de um passado de convivência, feridas jamais cicatrizadas e segredos potencialmente destrutivos.
E então, em meio à grande festa da última noite do ano, o fio que os mantém unidos enfim arrebenta. No dia seguinte, alguém está morto e uma forte nevasca impede a vinda do resgate. Ninguém pode entrar. Ninguém pode sair. Nem o assassino.
Contada em flashbacks a partir das perspectivas dos vários personagens, a história deste malfadado encontro é um daqueles mistérios de assassinato cheio de tensão e de ritmo perfeito. Com uma trama assustadora e brilhantemente construída, A Última Festa planta no leitor a semente da dúvida: será que velhos amigos são sempre os melhores amigos?


Todo ano, um grupo de nove amigos se reúne para passar o ano novo juntos. Dessa vez, a responsável por escolher o lugar é Emma. Ela também é a mais animada com o encontro, principalmente por ser a mais nova do grupo e estar ansiosa pela aceitação.

Emma então consegue uma hospedagem na Escócia, um estilo de resort onde eles terão o lugar inteiro somente para eles. Cada casal terá seu próprio chalé, e durante os almoços e jantares, poderão compartilhar a sala em comum.

Na viagem vão os casais Emma e Mark, Miranda e Julien, Samira e Giles, Nick e Bo, e a única solteira da turma, Katie. Todos se conheceram na faculdade, e era tradição passarem as festividades juntos, mas aos poucos, eles vão vendo que a amizade já não é mais a mesma. Estão insistindo em algo de mais de dez anos atrás, e a mudança na personalidade de cada um pode afetar a festa.

Além dos hóspedes, na casa também fica Heather, a gerente, e Doug, o guarda-caça. Além do lugar ser muito bonito, os arredores também são atrativos, principalmente a lagoa e o esporte de caçar veados. Por outro lado, por ficar isolado, os turistas não tem como sair dali, e ainda correm o risco de ficarem presos em meio à tempestades de neve. Todos esses aspectos servem para deixar o grupo ainda mais tenso.

Ao meio de conversas, bebidas, jogos, discussões e segredos, o grupo de amigos tem um ano novo não tão bom como o planejado. Principalmente quando é encontrado o corpo assassinado de um deles. Quem seria o assassino? E porque teria feito aquilo?


Apesar de gostar de histórias de suspense, poucas vezes me aventuro a pegar um livro do gênero. A divulgação do livro em questão foi tão grande que a minha curiosidade falou mais alto e resolvi me arriscar na leitura. Infelizmente, não alcançou totalmente as minhas expectativas.

Narrado em primeira pessoa, o livro possui capítulos que intercalam entre o presente e os dias decorrentes de quando estiveram na hospedagem. A narração também intercala, sendo contadas por Emma, Katie e Miranda no passado, e por Doug e Heather no presente. É suficiente essa divisão, já que através desses personagens, conseguimos conhecer a história dos demais também.

Vamos lá, essa é uma das partes que considerei chata. Temos que conhecer a história do grupo para entender como chegaram ali? É claro que sim. Mas a autora descreve excessivamente. Muitas partes são desnecessárias e cansativas. Eu preferia muito mais encontrar um suspense ~durante a estadia deles, do que ler um monte sobre a vida deles (lembrando que não são poucos personagens). E olha que havia um grande potencial pra abordar acerca do lugar onde eles se encontravam, um toque sombrio que poderia ter sido incluído para levantar nossas suspeitas, mas não é o que acontece.

A outra parte chata é: os personagens. Se me perguntar de quem eu gostei mais, vou dizer: de nenhum deles. São todos babacas prepotentes que guardam segredos um dos outros, e 90% desses segredos envolvem traições e psicopatias. É um tal de “to casada com um mas tô transando/quero transar/já transei com outro do grupo" que só Jesus. Bando de gente falsa, metida e ridícula. Quando eu achava que a Miranda era a pior de todas, vem o resto e prova que consegue ser pior. Um entojo de gente.

Esse é o problema, sabe. Algumas pessoas, submetidas a determinada pressão, fora dos ambientes aos quais estão habituadas e nos quais se sentem confortáveis, não precisam de muito incentivo para se transformar em monstros. 

Doug, Heather, Nick e Bo são os que salvam. Não tive problema algum com eles. Mas Nick e Bo quase não aparecem, e Doug e Heather contam pouco de si mesmos, sendo o foco acerca deles por terem encontrado o corpo e suspeitarem ter sido um homicídio.

Desde o início sabemos que algo acontece com uma pessoa do grupo, e esse mistério é o que nos faz seguir em frente com a curiosidade. Ficamos tentando descobrir quem vai ser a vítima e quem é o vilão. Como a escrita da autora é boa, segui a leitura num ritmo rápido, mas em determinada parte eu já tinha descoberto quem seria a vítima. O vilão era um dos meus suspeitos, e não foi um final exatamente chocante.

Na verdade, quanto mais eu lia, ao invés de ficar mais ansiosa pela resposta, mais desanimada eu ficava ao encaixar as peças. Como os personagens não são carismáticos, não podemos nem torcer pro nosso personagem “favorito” não ser a vítima/vilão. Por isso há pouco envolvimento com o suspense em si. Me vi acompanhando, mas sem me conectar com tudo o que acontecia. Uma pena, porque a história tinha mesmo potencial. E vocês podem estar se perguntando o porquê da nota, mas leiam aquilo como um 3,5. (A parte da caçada aos veados então eu não vou nem comentar, detesto essas coisas).

Nota: 4


Sobre mim: Carolina Rodrigues, 25 anos, biomédica e autora do livro O Poder da Vingança. O que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias, ouvindo música e estando junto do seu taurino favorito.

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