Uma amiga indicou: Deixe a neve cair



E aí, dragões? Como vocês estão?

Aqui vamos nós com mais um post do projeto Uma amiga indicou, e pro mês de novembro escolhemos assistir o filme Deixe a neve cair da Netflix.

Convenhamos que a Netflix anda nos decepcionando um pouco. Mês passado a ideia era ver Campo do medo e foi um desastre, e apesar de Deixe a neve cair não ter chegado ao mesmo ponto, usando as palavras da Ale, foi um filme bem morno, e vou explicar o porquê.

O projeto Uma amiga indicou é formado por mim, pela minha xará Carol (A Colecionadora de Histórias), a Ale (Estante da Ale) a Priih (Infinitas Vidas), a Pâm (Interrupted Dreamer) e a Laís (Tear de Informações). Todo mês escolhemos um tema, seja filme, série ou livro para indicarmos e conferirmos em conjunto.



Adaptado do livro de John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle, a trama conta quatro histórias que passam durante as festividades de Natal e que estão interligadas.

Primeiro vemos Tobin e Duke, amigos desde infância. Tobin claramente quer mais do que amizade, a encara com desejo nos olhos e tem aquela cara de bobo apaixonado. Mas ele tem medo de se declarar, não ser correspondido e estragar a amizade de tanto tempo, ainda mais que Duke já não dá grandes sinais de sentir o mesmo. Tobin tem jeito de ser o mais romântico, sensível e emotivo dos dois, enquanto Duke já tem um ar de apenas aproveitar o momento e se divertir bastante. Esse contraste torna difícil torcer pelo casal, durante o filme inteiro tive a sensação de Tobin estar sozinho na relação, e honestamente fiquei na dúvida se no final ela gostava mesmo dele nesse sentido também ou não.


Outro foco é em Julie e Stuart. Stuart é um cantor famoso que está em um trem, tentando passar despercebido. Julie, por sua vez, está apenas ansiosa para chegar em casa, mas acaba sempre trombando com Stuart durante a viagem. Quando o trem para, Stuart acaba a seguindo, já que gostou de Julie, e também na esperança de ter apenas um dia normal, sem a fama o seguindo. Nisso, ele conhece a família dela, se dá bem com eles, e quando chega a hora de partir, ambos sabem que irão seguir caminhos diferentes, o que os machuca.


Enquanto isso, temos também Dorrie, atendente em uma lanchonete, que vem sofrendo por estar apaixonada por uma garota que a ignora quando está junto das amigas. Ela participa daqueles grupinhos de garotas “fúteis”, e teme a forma como todos reagiriam se soubessem que ela está com Dorrie.

E eu considerei uma quarta história, embora não seja completamente à parte, temos também Addie, melhor amiga de Dorrie, que sente que foi abandonada pelo namorado, e é quando entra na lanchonete e o encontra com vários amigos sem tê-la convidado, que ela percebe que realmente foi deixada pra trás. A partir disso então se segue o drama da personagem e também o processo de superação e compreensão de que a amiga esteve certa o tempo todo.


Como é possível ver, o núcleo onde se ambienta a história é bem juvenil. Meu namorado (que eu arrastei pra conferir junto) achou ruim o fato de serem muitas histórias ao mesmo tempo, de forma que não conseguimos nos conectar com nenhuma em especial, mas eu até achei bacana terem reunido mais de uma história acontecendo. O problema é que é tudo contado muito superficialmente. Creio que a atuação também prejudicou, porque não senti química em nenhum dos casais. E além disso, tudo se resolve com muita facilidade. É um final feliz forçado demais, que sabemos que não aconteceria na vida real do mesmo jeito.

E seguindo nesse ponto irreal da coisa, eles dão uma festa logo no Natal e aparece um monte de gente. E eu senti o filme muito mais voltado para o inverno simplesmente, do que para o Natal em si, como aparentava ser pelo trailer e premissa.

Pra não dizer que o filme é totalmente descartável, ele é ótimo para um sessão da tarde, quando não temos mais nada pra fazer e queremos colocar um filme leve pra assistir. Infelizmente não é um filme memorável, talvez não aproveitaram por completo o potencial da história, mas recomendo sim caso você esteja afim de colocar um romance jovem pra assistir.


Sobre mim: Carolina Rodrigues, 24 anos, biomédica e autora do livro O Poder da Vingança. O que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.

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