Série Cabeça de Vento


Títulos: Cabeça de Vento | Sendo Nikki | Na Passarela
Autora: Meg Cabot
Série: Cabeça de Vento
Editora: Galera Record
Ano: 2012 | 2012 | 2013
Páginas: 320 | 320 |272
Livro: Skoob | Skoob | Skoob
Sinopse:

Emerson Watts odeia seu nome, tem problemas com quase todo mundo na escola e seu melhor amigo parece nem desconfiar de sua paixão por ele. Parece que ela tem problemas? Pois um acidente num shopping aproxima Em e a famosa modelo Nikki Howard muito mais do que deveria, e é aqui que os problemas começam de verdade.


Olá, meus dragões leitores! Como estão?

Trago pra vocês hoje mais uma série em resenha, sendo que o primeiro livro já foi resenhado aqui no blog há muito tempo atrás, em uma galáxia muito muito distante. Como eu tenho uma mania infernal de ler um livro por cima de outro, quando são uma série, eu sempre acabo embananando a história de onde começa um e onde termina outro. Então acho mais legal, também, dar uma visão geral da série inteira pra vocês, não apenas de cada livro separadamente (assim, quem nunca leu, pode se decidir a partir daí).

Bom, vamos lá, vou trazer pra vocês um pouco da resenha da Carol de Cabeça de Vento (cof de 2012 cof) e a minha opinião sobre o resto!

Emerson Watts é basicamente o que chamariam no colégio de loser, ou perdedora, ou excluída, que seja. A única amizade que ela tem no colégio, é seu melhor amigo Christopher, aquele por quem ela também sente uma paixão platônica, e ele parece nunca ter reparado nisso.
Em não é uma adolescente que a sociedade gosta de chamar de "normal", pois ela não se veste como o resto das garotas, odiando as roupas da moda, maquiagens, ou lutar para conseguir ser a líder de torcida. Ela prefere ficar jogando com seu melhor amigo, usar roupas largas e antigas, e não esquentar a cabeça com o mesmo que a maioria.
Porém, a sua irmã mais nova consegue ser totalmente o oposto de Em. Ela tem corpo, adora roupas novas e maquiagem, além de idolatrar a modelo do momento: Nikki Howard.

"Às vezes, acho que o colégio é um tipo de teste imposto pela sociedade para ver se os adolescentes conseguirão sobreviver no mundo real."

Indignações a parte, Em e Christopher vão com Frida, irmã de Em, a uma inauguração onde o cantor Gabriel Luna vai estar dando autógrafos, e Frida é louca por ele, e não por pouco, já que ele é famoso, lindo, e tem uma voz melhor ainda. Mas nem tudo é tão simples como parece. Ainda mais quando Nikki aparece, e para salvar a vida da irmã, Em sofre um acidente horrível.

Quando ela acorda, está numa cama de hospital, e não faz a mínima idéia do que aconteceu. Ela nem ao menos lembra do evento, ou do acidente que sofreu. Ela começa a receber visitas realmente estranhas, como Gabriel Luna, e Lulu Collins, a melhor amiga de Nikki. Em sabia disso, mas não conseguia entender o porque eles estavam ali, e porque ela fora sequestrada dias depois, por Lulu e Brandon, o namorado de Nikki. A partir daí, a confusão vai aumentando, Em descobre que está no corpo de Nikki Howard, e que a vida de uma modelo pode ser mais complicada do que ela imagina.

Acredito que o nome da trilogia dá muito a entender que os livros são bem bobinhos, acho que esse é um dos motivos de eu tê-los deixado de lado por tanto tempo. Mesmo assim, precisando de uma leitura leve para dar uma descontraída, nada melhor do que Meg Cabot, não é mesmo? E foi assim que acabei me reencontrando com a série.

O livro Cabeça de Vento nos introduz à vida de Em, ao acidente e à sua relação com as pessoas. Ele tá ali para nos fisgar ao que vem depois: muita aventura e um tanto de mistério regados à moda. Depois que entende que está no corpo de Nikki, Em acaba presa em um contrato e tem que começar a viver como se fosse a Nikki, sem que ninguém saiba que ela não é. Agora, uma nerd que odiava moda vivendo a vida de uma supermodelo? Fácil não é, por mais que ela pense que sim!

E como poderia controlar o corpo de outra pessoa, de alguém que não era eu? Pelo menos, alguém que ainda não era eu. Não por completo.

Em Sendo Nikki, temos bastante da Em na vida de modelo, e eu honestamente gostei muito de algumas coisas - percebemos que viver esse outro mundo também muda ela um pouco, ela começa a perceber que talvez as coisas não sejam como ela sempre pensou. Mas não só isso... Em acaba descobrindo mentiras envolvendo as Indústrias Stark a Stark Enterprises, empresa que contrata a Nikki e que também está por trás de sua cirurgia. Mas como descobrir todos os segredos? Como desmascarar uma empresa tão grande, com pessoas tão importantes? É aí que Christopher, o amigo nerd de Em entra de novo, junto com amigos da antiga Nikki, como Lulu, o cantor Gabriel e mesmo Frida, sua irmã.

Para dizer a verdade, eu não conseguia acreditar no jeito dele… assim, tão no controle. É que isso não era o Christopher. Christopher era mais de comer Doritos enquanto via Discovery Channel, e não o tipo que dava ordens para as pessoas e falava com o primo pelo Skype para que ele investigasse o número da previdência social de uma mulher desaparecida.

No segundo livro vemos mais das interações entre os personagens, descobrimos mais sobre como era a personalidade da antiga Nikki e como isso afeta Em, que agora está no corpo dela. Lulu é uma personagem ótima! De início, parece que vamos sentir raiva de mais uma personagem fútil e patricinha, mas vamos vendo que ela não é assim. Nenhum personagem ali é tão raso. Devo dizer que, aqui, já me apaixonei por vários personagens secundários.

Finalmente, em Na Passarela temos o desfecho da trama, com os segredos vindo à tona e descobertas por trás da cirurgia de Nikki/Em e o contrato, além dos podres da empresa e alguns da própria Nikki. Por isso aqui, friso mais uma vez, que achei que o nome da série dá a imaginar uma história muito mais infantojuvenil e boba do que realmente é. Eu fiquei bastante chocada com os motivos da empresa e todos os segredos, o que, na verdade, só me fez amar mais ainda a série.

- Mãe - falei, segurando-a. - Sei que isso é idiota, mas...você acha que estou bonita nessa foto?
- Bonita - disse mamãe, parecendo atordoada. - É uma construção patriarcal projetada para fazer com que as mulheres sintam-se menos dignas, a menos que vivam de acordo com determinados padrões estabelecidos pela indústria da beleza e da moda dominada pelos homens. Você sabe disso, Em.
- Sim - falei, colocando a foto na mesa novamente. - Eu sei. Isso pode ser parte do problema.

Intercalando entre os relacionamentos dos adolescentes, a vida de uma supermodelo e os segredos da empresa, Meg Cabot, mais uma vez, nos traz três livros realmente muito bons, com uma escrita leve e gostosa, bem característica da Meg, e ainda assim não sendo apenas "boba". Há aprendizados e há fantasia, claro, afinal, o transplante de cérebro ainda não existe. Ou deveríamos chamar de sci-fi? Hahahha

Brincadeiras a parte, a série é muito gostosa de ler, principalmente quando queremos histórias que não nos deixem de cabeça pesada, uma leitura leve e que mesmo assim nos prende, nos deixando querendo saber o final e o destino de cada um dos personagens.



Sobre mim: Letícia Proença, médica veterinária, até hoje não sabe como levou a graduação e a paixão por sites e livros lado a lado. Gostaria de saber como aumentar as horas do dia para poder fazer tudo o que gosta.

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