Um ano solitário

Título: Um ano solitário
Título Original: Solitaire
Autora: Alice Oseman
Editora: Rocco Jovens Leitores
Ano: 2018
Páginas: 384
Tradução: Carolina Caires Coelho
Livro: Skoob
Sinopse:

Cativante e genuíno, o romance acompanha a transformação de Tori Spring de uma adolescente apática em alguém que precisa deixar sua zona de conforto para trás. Tirando o blog onde escreve sobre seu pessimismo crônico e o irmão Charlie, que se recupera de um problema que o levou a tentar o suicídio, Tori se mantém indiferente ao resto do universo – incluindo o colégio, sua melhor amiga, garotos, filmes, livros, seus pais. E permanece alheia quando Michael Holden, novo na escola, tenta convencê-la a investigar um misterioso site chamado Solitaire, que tem causado algumas confusões no colégio. Tori mal percebe o esforço de Michael e de um outro amigo para se aproximarem dela. Mas quando as brincadeiras e jogos promovidos pelo grupo virtual começam a ficar estranhamente perigosos, a garota precisa dar um passo que pode mudar sua vida – e a maneira como vê o mundo e se relaciona com as pessoas – para sempre.
Tori Spring não é exatamente uma garota bem humorada. Além do seu humor negro, ela é pessimista, e ainda faz parte de um grupo de amigos que pouco tem a ver com ela.

Becky é sua melhor amiga. Muitas vezes não concordam com a opinião uma da outra, principalmente quando envolve Becky trocando de namorado o tempo todo, mas jamais se separam.

Um dia, Tori descobre que Lucas, seu melhor amigo de infância, está estudando na mesma escola que ela. Como a cidade é pequena, há apenas três colégios: um para garotos, outro para garotas, e outro misto. E nesse mesmo dia, ela conhece Michael, um rapaz ligeiramente estranho e insistente, que veio do mesmo colégio que Lucas. Todos a alertam da peculiaridade de Michael, mas quanto mais o conhece, mais o acha interessante e apenas diferente, não mais estranho, assim como as más línguas diziam ser.

Acontece que Tori não é um ser sociável. Ela evita interações, e já Michael é o oposto. Ele vive atrás dela, tentando ser seu amigo, e isso a incomoda por não conseguir compreender o motivo. Na verdade, ela pensa que Michael quer ser seu amigo por pena.

- Michael é legal. Ele provou isso. Não entendo por que você não aceita coisas assim. Se não puder aceitar as coisas que não entende, vai passar a vida questionando tudo. Assim, você vai ter que viver a vida na sua própria cabeça.

Aos poucos, Michael prova mais de uma vez que ele é tão sozinho quanto ela, e que sua intenção de ser amigo é legítima. Ele gosta de Tori, de seu jeito, e se sente bem ao seu lado.

Mas não é só disso que a história se constrói. No mesmo dia em que Tori conhece Michael, aparece o Solitaire, um grupo anônimo que hackeou o sistema do colégio e começou a usar as caixas de som para soltar músicas, e vídeos nos computadores e televisões, fazendo anúncios e usando a figura do diretor. Ninguém se preocupa muito. Na verdade, os alunos se divertem sempre que surge alguma novidade do Solitaire.

Mas afinal, quem é o responsável por trás disso? Seria inofensivo, ou alguém perigoso, já que tinha acesso a grandes coisas da escola?

Enquanto vai conhecendo mais de si mesma junto de Michael, e das amizades que tinha, Tori percebe que pode ter mais envolvimento com o misterioso grupo do Solitaire do que imagina.


Claramente a resenha não ficou legal, já que eu enrolei bastante pra escrevê-la. Primeiro porque com a correria andei sem inspiração, e segundo que o livro não ajudou.

Eu não sabia o que esperar de Um ano solitário, mas certamente era algo melhor do que o que eu encontrei. Ainda bem que resolvi esperar e trocar pelo Skoob. Ficaria bem arrependida em gastar caro com essa obra.

O grande motivo vou te dizer: Tori. Que protagonista chata! É mau humorada ao extremo, só enxerga o lado ruim das coisas, e consegue estragar todos os momentos. O Michael é um cara bacana, e ela sempre dá um fora nele com o papo de “não sei porque você quer ser meu amigo”. Porque é algo tão impressionante assim se ela já tem outros amigos? Se não é alguém que sofre bullying e se sente discriminado ou coisa do tipo? Sério, isso me incomodou, e foi bem difícil seguir com a leitura.

-Se ficarmos dizendo que detestamos viver, nunca vamos querer estar aqui. Você não pode desistir dela. Não pode ser derrotista em relação a ela.

Outro detalhe é que nada acontecia. Passavam páginas e tudo continuava igual. As mesmas conversas triviais e desnecessárias, as mesmas reclamações.. Demora pra história pegar no embalo, e da metade pro fim ainda empolga um pouco por conta do Solitaire e seus objetivos. E ainda assim, a parte mais impactante é corrida e logo leva ao final do livro. Mesmo seu irmão e seus problemas alimentares são mal retratados, e seus pais então, parecem robôs. Parece que existem só pra dizer que a personagem tem pais.

A ideia da Alice foi boa, mas bem mal executada. A capa é linda, mas eu não vi relação alguma do coração com os pixels e os personagens e o cenário. Eu pelo menos penso em alguém que gosta de computação e tecnologia quando vejo a capa, o que não é nem um pouco o caso.

Nota: 3


Sobre mim: Carolina Rodrigues, 23 anos, biomédica e autora do livro O Poder da Vingança. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.

You May Also Like

0 Veja quantos dragões pousaram aqui!