Título: Um dia em dezembro
Título Original: One day in december
Autora: Josie Silver
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2018
Páginas: 392
Livro: Skoob
Sinopse:

Laurie não acredita em amor à primeira vista. Afinal de contas, a vida não é a cena de um filme romântico. Mas, então, em uma manhã de dezembro fria e com neve, o ônibus de dois andares em que voltava para casa para em um ponto. Ao olhar para baixo, ela o vê. Por um segundo transcendental, seus olhos se encontram... e então o ônibus começa a andar. Depois de muitos meses com a esperança de cruzar novamente com ele, Laurie acha que nunca mais verá o garoto do ônibus.
No entanto, um ano depois, em uma festa de Natal, sua melhor amiga, Sarah, apresenta o novo namorado, o grande amor de sua vida. Para seu profundo desespero e surpresa, ele é ninguém menos que o garoto do ônibus. Determinada a esquecê-lo, Laurie segue com sua vida. Mas e se o destino tiver outros planos?

Sarah e Laurie são grandes amigas. Durante a faculdade de jornalismo, elas dividiram um apartamento, e mesmo após o término da graduação, elas continuaram morando no mesmo lugar, procurando por um emprego e se divertindo juntas.

Um dia, próximo ao Natal, quando Laurie vai para casa após seu expediente no hotel, ela se depara com um rapaz lendo um livro. No momento, ela estava dentro do ônibus, tentando enxergar a capa do livro em questão do rapaz sentado no ponto de ônibus. Na mesma hora, ele levanta a cabeça e os olhares deles se encontram. Bem clichê, mas o amor à primeira vista que todos gostariam de ter (quem nunca teve um crush do ônibus ou metrô?). O rapaz inclusive fica em dúvida quanto a entrar no ônibus para conhecê-la, mas então o ônibus segue o caminho, e Laurie passa um ano inteiro pensando no rapaz e tentando encontrá-lo pela cidade.

Ela só não esperava que ele se tornasse o namorado de Sarah.

Quando Sarah o apresenta, claramente ansiosa para que os dois se gostem, Laurie não sabe como reagir. Ela passara doze meses com Jack, o rapaz do ponto de ônibus, na cabeça, e agora seria errado sequer olhar para ele.

Jack tenta ao máximo não demonstrar que a reconhece, e após alguns encontros constrangedores, eles conseguem criar uma amizade e fingir que não se sentem atraídos um pelo outro.

Mas até quando eles conseguiriam manter a farsa?

— Às vezes, a gente conhece a pessoa certa no momento errado — digo baixinho.

Um dia em dezembro se torna nove anos. NOVE ANOS!! Eu, inocente, realmente achei que o livro pudesse se passar somente em um dia, ou então em determinado período, mas nem de longe imaginei que se estendesse para anos!

Que potencial você destruiu aqui, Josie. O que a capa e a sinopse tem de interessantes, a história tem de ruim.

De início, eu estava bem envolvida com a situação e com dó de Laurie. Sarah era praticamente uma irmã pra ela, então ficar com o homem dos seus sonhos estava completamente fora de cogitação. E Sarah é uma personagem extremamente extrovertida, alegre e carismática. Não dá pra criar ranço dela e torcer por Laurie e Jack.

Na verdade, a cada página que eu lia, eu tinha uma sensação de que aquilo estava totalmente errado. A obra é narrada por Laurie e Jack, e ver os dois divididos com os sentimentos, se aproximando cada vez mais e tentando lutar contra o desejo me irritou. Caramba, aquilo não era justo com a Sarah também!

— Falei que sei que é doloroso abrir mão de alguém que se ama, mas que não acredito que somos destinados a apenas uma pessoa no mundo. É um capricho que nos limita demais.

E então a autora chuta o pau da barraca quando os anos começam a passar e nada muda. Jack continua com Sarah, Laurie continua pensando nele, mesmo que arranje outro namorado, e pra piorar, depois de alguns anos, Jack começa a agir como um babaca por ciúmes de Laurie e isso causa conflitos em sua relação com Sarah.

A premissa é boa, mas a fórmula da autora não funciona de forma alguma. São nove anos discorridos com eventos desnecessários pra encher linguiça. Cheguei na metade do livro e já não aguentava mais. Pra minha vergonha de leitora, confesso que pulei algumas páginas só pra terminar logo.

A mensagem que a autora quis passar é a de que devemos arriscar ao invés de deixar o momento passar. Isso pode mudar radicalmente o curso da nossa vida. É uma lição bem bonita, mas que poderia ser transmitida com bem menos páginas. No fim, não considerei esse um livro emocionante e romântico. Fiquei me perguntando se algum deles realmente foi feliz durante todo o percurso ou se continuaram no relacionamento por cômodo.

Provavelmente eu também não estava num bom momento pra leitura, por isso não entrei totalmente no clima. Mas independente disso, se você não curte livros extensos e repletos de passagens desnecessárias, eu não recomendo.

Nota: 3 (lá no fundo 2)

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Sobre mim: Carolina Rodrigues, 23 anos, biomédica e autora do livro O Poder da Vingança. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.