#TOCANDOTERROR: Férias Infernais
Olá, dragões!
Como vocês estão? Gostando do especial de Halloween?
Quebrei a cabeça pensando em qual resenha de livro de terror
trazer. Vasculhando pelo Skoob, lembrei da série Infernal e que eu ainda não
havia lido o último que fora lançado. Então uni o útil ao agradável, peguei
minhas malas e embarquei em Férias Infernais.
O #TOCANDOTERROR é um especial de terror para o mês do Halloween organizado por mim e pela Nana do Canto Cultzíneo. Acompanhe as postagens no Canto também!
O #TOCANDOTERROR é um especial de terror para o mês do Halloween organizado por mim e pela Nana do Canto Cultzíneo. Acompanhe as postagens no Canto também!
Título: Férias InfernaisTítulo Original: Vacations from hell
Autoras: Cassandra Clare, Libba Bray, Maureen Johnson, Claudia Gray e Sarah Mlynowski
Série: Infernais - #4
Editora: Galera Record
Ano: 2015
Páginas: 272
Tradução:Alda Lima
Livro: Skoob
Sinopse:
Esta imperdível coletânea reúne contos de jovens que só queriam se divertir e ter a viagem dos sonhos, mas não faziam ideia de como simples férias podem dar tragicamente errado. Cinco das mais bem-sucedidas autoras de YA — entre elas, Cassandra Clare, de Os Instrumentos Mortais, e Sarah Mlynowski, de Me liga — dão vida aos mais assustadores seres sobrenaturais e provam que nada como cenários paradisíacos para se contar uma boa história de terror.
Bagagem extraviada não é nem metade do tormento de topar com uma bruxa amargurada, louca por vingança. Queimadura de sol pode ter um efeito feio e doloroso, mas não tão prolongado quanto o de uma maldição. Ficar perdido numa cidade desconhecida? Imagine a mesma situação com um demônio à solta, e aí sim você terá uma boa história para contar. Então, na próxima viagem, não se esqueça de colocar na mala um crucifixo e bastante sal grosso, pois nunca se sabe quando suas férias podem virar um inferno.
Cada volume da série é composto por cinco contos sobrenaturais que envolvam o tema em questão. Dessa vez, o foco foi férias, e vou contar um pouco sobre as histórias.
O conto inicial se chama Cruzeiro e foi escrito por Sarah Mlynowski. Liz e Kristin são duas amigas que resolveram passar as férias num cruzeiro. O objetivo principal do passeio além de se divertir é que Kristin perca a virgindade. Logo no primeiro dia elas conhecem Hailey, uma garota da idade delas que está viajando com a mãe, e pouco depois as três se juntam para aproveitar os dias de sol, paquerar e arranjar um rapaz para Kristin. O problema, no entanto, é que há boatos de vampiros assassinando pessoas em cruzeiros como aquele. E se for verdade? E se Kristin acabar escolhendo justamente um deles? Apesar do clichezão vampiresco, o final surpreende e torna toda a trama muito mais legal. A escrita da autora é bem leve, foi o conto mais descontraído, ágil e com narrações do volume. Foi uma boa introdução, principalmente pela forma como Sarah discorre sobre os vampiros, sem romantizar a la Crepúsculo.
O conto seguinte se chama Não gosto da sua namorada escrito por Claudia Gray e sinceramente é o mais chato. Cecily é uma bruxa e ela e sua mãe pertencem a um coven. Somente mulheres são aceitas, e graças a isso, desde criança ela é obrigada a conviver com Kathleen, que só sabe caçoar de Cecily. Todas as férias o coven se reúne, só que dessa vez Kathleen não está sozinha: ela trouxe o novo namorado, Scott, extremamente educado, super bacana, o completo oposto de Kathleen. Intrigada, Cecily começa a pensar como era possível os dois, tão diferentes, se gostarem, e é quando surge uma ideia em sua mente. Seria Kathleen capaz de enfeitiçar Simon para gostar dela? Fica claro na história que Cecily é invejosa, mas Kathleen não fica nem um pouco atrás com suas atitudes. O conto tem potencial, mas a escrita da Claudia é um pouco mais densa e a história realmente não me conquistou.
O terceiro conto se chama A Lei dos Suspeitos escrito por Maureen Jonhson. É o meu segundo favorito. Charlie e sua irmã Marylou estão indo encontrar Claude, primo delas. O plano das garotas era ficar em Paris com o primo, mas ele já alugara uma casa no interior da França e pediu para que elas fossem para o local, enquanto ele resolvia alguns problemas, e depois também iria. Três dias depois na casa (mansão, na realidade) alugada e nenhuma notícia do primo, elas começam a ficar entediadas e resolvem conferir os arredores, na esperança de algum morador ter um telefone para se comunicarem com Claude. Mas o que Charlie encontra em sua busca é Henri, um homem claramente perturbado que conta uma história sobre a lei dos suspeitos. Ao retornar à casa, as irmãs recebem a visita de um jovem chamado Gerard, que as alerta sobre uma maldição envolvendo a história contada por Henri. Se não quiserem morrer, elas precisam fugir. Esse conto em especial é cheio de adrenalina e nos faz questionar a sanidade dos personagens. Seria a maldição real? Quem teria escutado por último a história e estava agora contaminado? A leitura do conto foi frenética, não consegui largar até saber qual seria a resolução.
O quarto conto se chama A Casa de Espelhos escrito pela Cassandra Clare e era o conto pelo qual eu mais ansiava. Talvez por conta disso tenha me decepcionado. Violet é apaixonada por Evan, mas as coisas se complicam quando seus pais começam a namorar e se casam. Ter que dividir a mesma casa com o menino que amava sem poder demonstrar isso era terrível, mas viajar nas férias para uma casa de verão e ver Evan interessado na vizinha era pior ainda. Noite após noite, Evan retorna da casa dela com os olhos cansados e dizendo coisas sem nexo. A empregada, no entanto, os alertara: não vá para a praia. E foi lá que a vizinha misteriosa os encontrara. O que afinal de contas ela fazia com Evan? Seria Violet capaz de salvá-lo? Cassandra Clare e seu vício em irmãos postiços. A história não é ruim, mas é apressada e sem grande desenvolvimento dos personagens. O foco é exclusivo no suspense acerca da vizinha e por conta disso todo o resto fica de lado. A escrita dela é ótima, mas o desenrolar da história não surpreende, o que tornou o conto bem morno.
- Nossa, que guia de turismo animado. - Baz riu. - Venham para nossa cidade! Bebam nosso vinho! Olhem nossas mulheres! Empanturrem-se com nossos banquetes! E tudo que precisam dar em troca é... suas almas!
O último conto se chama Nenhum Lugar é Seguro escrito pela Libba Bray e fecha o volume com chave de ouro. Poe, Baz, John e Isabel estão fazendo um mochilão pela Europa. Depois de seguirem todo o roteiro e conhecerem um pouco da cultura de cada lugar, eles decidem ir para Necuratul, a Cidade dos Amaldiçoados. A cidade está prestes a ser derrubada para construírem no lugar uma usina, e por isso haverá um grande festival, como despedida. O grupo de amigos aproveita o embalo e se hospedam na cidade. Desde o momento em que partem para o local, a viagem se torna bizarra. Os moradores locais os avisam para jamais entrarem na floresta ou oferecer pão aos mortos. As histórias tenebrosas e as superstições são características na região, mas até onde seria apenas uma lenda, e em que ponto passava a ser verdade? Como estavam apenas afim de curtir o festival, eles nem dão muita atenção para o assombro que cobre a cidade, até o dia em que se aventuram pela floresta e provam que os moradores sempre estiveram certos. A cidade é mal-assombrada por espíritos vingativos e eles terão que descobrir como escapar. Esse é o conto mais longo e também o mais próximo do terror. Daria um filme perfeito daqueles em que os turistas se metem logo onde não devem. Gostei muito dos personagens, são inteligentes, apesar da burrada de entrarem na floresta, e a história prende o leitor com a maior facilidade. Dentre todos, foi o que eu mais gostei.
Vi muitas resenhas criticando o livro e acho que a melhor coisa que eu fiz foi ter esperado passar alguns anos para enfim conferir a obra. Muito provavelmente se eu tivesse o lido na época em que vampiros e bruxas estavam em alta, eu mais teria me irritado do que aproveitado as histórias, mas todas me agradaram, algumas mais do que outras, o que é normal quando se trata de contos, e eu recomendo sim para todos os amantes do sobrenatural.
Sobre mim: Carolina Rodrigues, 23 anos, biomédica e autora do livro O Poder da Vingança. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.




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