O céu está em todo lugar

Nome: O céu está em todo lugar
Autora: Jandy Nelson
Editora: Novo Conceito
Livro: Skoob
Sinopse:

Este é um livro de estreia vibrante, profundamente romântico e imperdível. Lennie Walker, de dezessete anos de idade, gasta seu tempo de forma segura e feliz às sombras de sua irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre abruptamente, Lennie é catapultada para o centro do palco de sua própria vida - e, apesar de sua inexistente história com os meninos, inesperadamente se encontra lutando para equilibrar dois. Toby era o namorado de Bailey, cujos sentimentos de tristeza Lennie também sente. Joe é o garoto novo da cidade, com um sorriso quase mágico. Um garoto a tira da tristeza, o outro se consola com ela. Mas os dois não podem colidir sem que o mundo de Lennie exploda...


"Quel bobão!"
Comecei a ler após meses de tortura, vendo o kit em que o livro foi enviado para blogs. Primeiro gostaria de comentar que a capa é a coisa mais linda. É simples, mas é de um papel estilo veludo(ou ao menos eu acho que é), e confortável. Ótimo para abraçar o livro, depois de lido.
O livro fala sobre a morte de Bailey, irmã mais velha de Lennie(John Lennon para os íntimos), e esta, viciada em romances, descobre-se apaixonada por algo além do que sua cópia de o morro dos ventos uivantes, e o sentimento de culpa.
Admito que eu não consegui me ligar muito quando falava sobre o que as duas irmãs faziam, eu acredito que tenha sido porque nunca tive experiência com nada parecido, então no início o livro parecia chato, cansativo. Não consegui engolir a história do Toby, apesar de ser muito bem explicado o que acontece, e o que causa isso, mas eu não consigo imaginar que isso aconteceria - talvez eu viva num mundo de fantasia-. O início é um tanto tedioso, tanto que acabei dormindo com o livro aberto, mas após o início do romance de Lennie com Joe Fontaine, o francês bobão, o livro se torna muito interessante, tanto que eu dizia "eu paro de ler no fim desse capítulo, para fazer seja lá o que for", e acabava lendo o rascunho, e lá ia mais um capítulo.

"Pode picotar o romance vitoriano com a tesoura de jardinagem, mas não pode arrancá-lo da garota."


O livro menciona vários outros livros de romance, sendo o mais comentado desses, o morro dos ventos uivantes(lido 23 vezes pela nossa querida John Lennon, e, depois, estraçalhado), e várias frases em francês são ditas pelos personagens durante o livro, porém nada que um amigo que saiba francês ou um google tradutor não consigam ajudar - apesar de que seria interessante uma nota no rodapé, com as traduções.
Falando em notas de rodapé, o livro é cheio destas. Algumas vezes são informações completamente inúteis, e outras, mais do que importantes.
Só que, como mencionei antes, poderia ter sido colocado traduções das frases, ou um pequeno dicionário no fim do livro.
Uma das coisas mais importantes do livro, são os rascunhos deixados em vários lugares pela personagem principal. É a sua forma de expressar os sentimentos, como se sua irmã fosse ler. No início você fica se perguntando o que levou a autora a colocar estes rascunhos de poemas, mas você se acostuma, e no fim descobre o segredo.

"Volto a montar a lasanha: molho, macarrão, pertenço a você, queijo, molho, meu coração é seu, macarrão, queijo, ouço sua alma em sua música, queijo, queijo, queijo."


Não tenho muitas críticas desse livro. É um livro bonito, mas infelizmente não é um dos meus livros favoritos, por algumas coisas. A primeira, a introdução gigantesca sobre a Bailey, o drama de Lennie sobre a morte da irmã. Claro que eu posso estar sendo insensível, mas esse foi o meu ponto de vista. Outra coisa foi a falta de explicação do que levou a nossa querida Bails a morrer, eu esperava que tivesse no fim do livro, porém não é explicado(a menos que tenha sido explicado e eu não entendi). A pesquisa de Lennie pela mãe foi deixada de lado, algo que eu também gostaria que fosse explicado melhor. E acho que Toby merecia um final feliz, também.
Acho que é isso, é um livro maduro e sobre um assunto complicado de ser trabalhado, porém não existe como não se apaixonar por Joe pisca pisca pisca Fontaine, não tem como não se encontrar na Lennie, muito menos não sentir raiva da "Ei, Rachel".
Passei boa parte do tempo procurando um Joe Fontaine para mim. Claro que não achei um identico ao mencionado no livro, mas Louis Garrel(Os sonhadores), também francês, fez um bom trabalho na minha imaginação.
E, como meu aniversário está chegando(ou presente atrasado de natal mesmo), estou aceitando um Joe Fontaine com um "O morro dos ventos uivantes" nas mãos, de presente. Não precisa nem embrulhar, só mandar para minha casa. Acho que consegui mencionar tudo, e eu sei que a
resenha ficou grande, mas foi quase um surto pelo livro.

"Posso ouvir nossa respiração. Acho que até em Nova York dá para ouvi-la.
- E a Rachel? - pergunto.
- O que tem ela?
- Você e ela?
- Você - responde. - Eu!
- Sinto muito por ter te dito tudo aquilo antes...
Balança a cabeça como se não houvesse importância, e então, para minha surpresa, não me beija, mas me envolve em seus braços. Por um momento, com minha mente tão perto do coração dele, ouço o vento soprar forte e sinto como se fosse nos levantar do chão para nos levar com ele."

Nota: ★★★★☆

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