Título: O Garoto Está de Volta
Título Original: The boy is back
Autora: Meg Cabot
Série: Coleção Garoto -#4
Editora: Galera Record
Ano: 2017
Páginas: 352
Tradução: Alice Mello
Livro: Skoob
Sinopse:

Reed Stewart pensou que todos os problemas da cidade pequena – incluindo um coração partido – haviam ficado para trás quando ele abandonou Bloomville, Indiana para se tornar um rico e famoso profissional do golfe. Até um post na internet ressuscitar todas as suas inseguranças de adolescente e levá-lo de volta à pequena cidade natal.
Becky Flowers investiu tempo e recursos para se tornar uma bem-sucedida profissional do ramo de realocação de idosos. Mas ela trabalhou ainda mais duro para esquecer que Reed Stewart sequer existia. Ela não tinha, absolutamente, a menor intenção de revê-lo, agora que ele voltou. Até a família do garoto a contratar para ajudar na mudança dos pais.

Becky Flowers é dedicada e uma das melhores realocadoras de idosos da região. Sua mãe e irmã trabalham junto dela no ramo, e o sucesso as vem acompanhando a cada dia que passa, até que Carly Stewart vem lhe pedir ajuda.

Carly é esposa de Marshall, ambos são advogados, e ela se envolve ativamente nos problemas da família. Já fazia um tempo que ela vinha cogitando a possibilidade de os sogros não estarem batendo bem da cabeça, mas Marshall era firme em desacreditar.

Um dia, o juiz famoso e querido pela cidade, e sua esposa, pais de Marshall, são presos. Todos se assustam com o ocorrido e o casal acha graça, um sinal de que eles realmente estão perdendo a sanidade.

Trimble, irmã de Marshall, paga a fiança e deixa claro que não fará nada além disso para ajudá-los.

Desesperado, Marshall recorre à Reed, seu irmão e famoso jogador de golfe que não os visita há dez anos. Apesar do pai ter ordenado que Reed nunca mais voltasse à cidade, ele resolve fazer justamente o contrário devido à gravidade da situação.

Como os problemas financeiros dos pais são grandes, e para que eles não acabem tendo que morar com um dos filhos, a melhor ideia que eles tem é contratar alguém para realocar os pais, e Becky é a única mais próxima para o cargo.

Acontece que Becky e Reed namoraram na adolescência e tiveram um término complicado. Becky é a razão para Reed ser obrigado a se mudar, e desde então, ele ignorou todas as mensagens que ela mandara pra ele.

Becky não esperava que Reed voltasse depois de tantos anos, mas lá estava ele, e ela executaria o seu trabalho da mesma forma em respeito e carinho com os pais de Reed, mas como seria ter o seu ex-namorado como cliente? Como eles lidariam com o reencontro e com a química e as fagulhas entre eles?




Eis o que acontece quando não se pesquisa direito a respeito da história: Você se decepciona.

O garoto está de volta é o quarto volume da série Coleção Garoto, e eu não fazia a menor ideia disso, apesar de as histórias serem independentes. Além disso, a série possui como característica a forma como as histórias são narradas: através de mensagens.

Imagine 352 páginas contadas apenas pelas conversas por mensagens no celular, no Skype ou reportagens em jornais. Livros em formato de diário são mais suportáveis do que isso. Muito provavelmente a eu de 15 anos adoraria essa fórmula, mas a de 23 achou tudo um pé no saco. Tive muita vontade de dar uns tapas neles e gritar: parem de conversar pelo celular e interajam pessoalmente. Deve ser isso que nossos avós pensam quando nos vêem com o celular na mão.

Graças a esse fator a leitura foi cansativa, mesmo a premissa da história sendo leve. Constantemente eu precisava parar pra relaxar os olhos e a mente. Outro ponto característico da escrita da Meg é o exagero de informações. Ela discorre sobre a vida do vizinho, do papagaio, do bairro, e eu particularmente considero esse monte de informações desnecessárias.

Como devem imaginar, também temos pouca proximidade com os personagens. Marshall é o mais legal, sempre surtando de um jeito engraçado. Carly pareceu um pouco chata com seu jeito controlador. Becky e Reed, os principais, são os maiores “tanto faz”. Todo o desenrolar da relação deles é previsível e nada comovente. A razão para o término deles e para Reed ir embora também não é nenhum “ooh” como Meg desejava que aparentasse ser.

Não tenho problemas com livros que usam a modernidade na narrativa. Já li outros onde aparecem partes de mensagens, mas essa é a questão: partes, não o livro inteiro. A premissa é maravilhosa e eu aposto que seria uma história ótima se fosse narrada da forma comum. Não conseguimos criar empatia pelos personagens apenas os vendo trocar mensagens, e isso porque não conseguimos sentir o que eles estão sentindo. Não é descrito ou confessado, então como podemos levar a história além de uma conversa trivial?

Gostava muito dos livros antigos da Meg Cabot, mas essa inovação não funcionou pra mim de jeito nenhum.

Nota: 3

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Sobre mim: Carolina Rodrigues, 23 anos, biomédica e autora do livro O Poder da Vingança. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.