Jackaby


Autor: William Ritter
Série: Jackaby #1
Editora: Única
Ano: 2015
Páginas: 256
Livro: Skoob
Sinopse:

"Eu sou um homem de razão e da ciência. Acredito no que vejo e posso provar, e o que vejo geralmente é difícil para os outros compreenderem. Até onde eu descobri, tenho um dom ímpar. Isso me permite ver a verdade quando os outros só enxergam ilusão. E há muitas ilusões, muitas máscaras e fachadas. Como dizem, o mundo todo é um palco e parece que eu tenho a única poltrona da casa, com vista para os bastidores.” Abigail Rook deixou sua família na Inglaterra para encontrar uma vida mais empolgante além dos limites de seu lar. Entre caminhos e descaminhos, no gelado janeiro de 1892 ela desembarca na cidade de New Fiddleham. Tudo o que precisa é de um emprego de verdade, então, sua busca a leva diretamente para Jackaby, o estranho detetive que afirma ser capaz de identificar o sobrenatural. Contratada como assistente, em seu primeiro dia de trabalho Abigail se vê no meio de um caso emocionante: um serial killer está à solta na cidade. A polícia está convencida de que se trata de um vilão comum, contudo, para Jackaby, o assassino com certeza não é uma criatura humana. Será que Abigail conseguirá acompanhar os passos desse homem tão excêntrico? Ela finalmente encontrou a aventura com a qual tanto sonhara. Prepare-se para desvendar este mistério! Um livro destinado aos fãs de Sherlock Holmes e Doctor Who. Eleito o melhor livro jovem 2014 pela Kirkus Review e um dos 40 melhores YA da estação pela CNN e vencedor do prêmio Pacific Northwest 2015."


Jackaby foi o último livro que eu li e ainda logo após ter lido Gelo Negro - O Jovem Sherlock Holmes. Então eu estava já mergulhada na história de detetives e pistas misteriosas; mergulhar no mundo criado por Ritter foi maravilhoso.

- Eu já deixei de me preocupar com a forma que as coisas parecem aos outros, Abigail Rook. Sugiro que faça o mesmo. Em minha experiência, os outros geralmente estão errados.

Abigail deixou a Inglaterra e seus pais para poder viver sua vida como ela sempre quis, colocando a mão na massa. Seu pai, o arqueólogo, nunca parava em casa, vivia indo em escavações e nunca deixou que ela fosse junto. Seus pais queriam que ela ficasse em casa e fosse para a faculdade, estudar. Assim, cansada de bater de frente com os pais, ela pega o dinheiro da faculdade e foge. O livro começa já com ela chegando na América, em New Fiddleham, após um tempo fora de casa e em outros países.

Ainda empolgada por estar longe de casa, mas um pouco mais consciente, Abigail começa a procurar emprego na cidadezinha e acaba virando assistente de Jackaby, um detetive particular que muito nos lembra o jeito de Sherlock Holmes, talvez um pouco mais misterioso e calado. Mas causando tanto alvoroço com a polícia quanto.

O ponto de Jackaby é, no entanto, que ele diz ser um Vidente, ou seja, enxergar o sobrenatural, coisas que ninguém mais enxerga. Fadas, trolls, duendes e tudo que há de bom. Apesar de cética, Abigail começa a investigar as mortes causadas por um serial killer na cidadezinha e acompanha de perto o trabalho de Jackaby, o que a surpreende e começa a fazê-la ponderar sobre tudo o que ele conta do sobrenatural.

O inspetor Marlowe tinha falado igual ao meu pai: "Esse negócio não é para o temperamento feminino", mas Jackaby não hesitara em me direcionar ao pior e pedir minhas opiniões.

Jackaby é um personagem genial. Passamos por todos os sentimentos e pensamentos com Abigail, desde "esse cara é maluco", por "ele deve ter alguma razão", a "o que que tá acontecendo" e, por fim, "ele deve ser um gênio, mesmo". A narrativa em primeira pessoa por parte de Abigail nos faz conhecer mais a fundo a história dela, mas por ser um livro curto e ter muita coisa a ser abordada, no fim eu me senti meio rasa em relação ao Jackaby, pelo menos, ao seu passado. Foi tudo pincelado muito, MUITO superficialmente e muitas coisas ficaram em aberto bem de proposito, o tal "continue a série e você descobrirá o que aconteceu aqui".

Isso é um ponto legal, claro, deixar as brechas e aberturas para a série, mas o problema foi que apesar de toda a magia que Jackaby nos apresenta, de ele realmente nos cativar, ainda faltou alguma coisa, ainda faltou desenvolvimento em algumas partes para que tudo ficasse mais crível, mais profundo e nos surpreendesse mais.

Os personagens secundários são adoráveis. Mesmo o Inspetor Marlowe e seus momentos muito machistas (esse é outro ponto, a briga de Abigail para tentar lidar/suportar/trabalhar em 1892 sendo uma mulher na área policial) é um personagem que conseguimos enxergar que no fundo é bom. Jenny é maravilhosa, uma personagem atemporal, e Charlie é simplesmente amor. E, por fim, não podemos esquecer do pato. Digo, Diego. Que mesmo sem falas, é um personagem que com certeza nos faz rir.

Como gosto tanto de livros de fantasia e de livros policiais, em adorei a ideia do livro, William Ritter simplesmente juntou os dois mundos de uma maneira deliciosa. Sei, por enquanto, que há mais dois livros, mas não sei se para por aí. Espero, no entanto, que os próximos livros sejam maiores para que alguns pontos possam ser melhor desenvolvidos. Para que possamos conhecer mais a fundo a história de Jackaby, Jenny e Diego.

A história é cheia de potencial, e mesmo sendo uma série, isso não me desanimou, pelo contrário, deu mais vontade de continuar, pois nos é apresentado um mundo maravilhoso e a vontade é de entrar nele e explorá-lo cada vez mais. Além disso, essa capa é MARAVILHOSA, não é mesmo? Estou apaixonada nela.

- Monstros são fáceis, senhorita Rook. Eles são monstros. Mas um monstro de terno? Trata-se basicamente de um homem perverso, e um homem perverso é, de longe, muito mais perigoso.

P.S.: alguém sabe me dizer como se pronuncia Jackaby? :P hahahahah

Nota: 4




Sobre mim: Letícia Proença (Leeh), dois patinhos na lagoa, estudante de Medicina Veterinária em Botucatu, até hoje não sabe como leva a graduação e a paixão por sites e livros lado a lado. Canceriana louca, gostaria de saber como aumentar as horas do dia para poder fazer tudo o que gosta.

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