[ESPECIAL HALLOWEEN]: A Casa Assombrada


Oieee, pessoal! Feliz Halloween!

Como eu sei que vocês não curtem muito esses posts de terror, esse ano decidi postar só no dia 31 uma resenha de um livro do gênero que gostei bastante. Então é só vestir sua fantasia de Drácula e vir pedir docinhos ou travessura na Casa Assombrada!


Título: A Casa Assombrada
Título Original: This House is Haunted
Autor: John Boyne
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2015
Páginas: 296
Livro: Skoob
Sinopse:
Eliza Caine tem 21 anos e acaba de perder o pai. Totalmente sozinha e sem dinheiro suficiente para pagar o aluguel na cidade, ela se depara com o anúncio de um tal H. Bennet. Ele busca uma governanta para se dedicar aos cuidados e à educação das crianças de Gaudlin Hall, uma propriedade no condado de Norfolk – sem, no entanto, mencionar quantas são, quantos anos têm ou dar quaisquer outras explicações. Assim, ela larga o emprego de professora numa escola para meninas e ruma para o interior.
Chegando a Gaudlin Hall, Eliza se surpreende ao encontrar apenas Isabella, uma menina que parece inteligente demais para sua idade, e Eustace, seu adorável irmão de oito anos. Os pais das crianças não estão lá. Não se veem criados. Ela logo constata que não há nenhum outro adulto na propriedade, e a identidade de H. Bennet permanece um mistério.
A governanta recém-contratada busca informações com as pessoas do vilarejo, mas todos a evitam. Nesse meio tempo, fica intrigada com janelas que se fecham sem explicação, cortinas que se movem sozinhas e ventos desproporcionais soprando pela propriedade. E então coisas realmente assustadoras começam a acontecer…


Eliza Caine tem 21 anos quando perde o pai para uma gripe forte. Desamparada, sem mais familiares por perto e muito menos dinheiro para pagar aluguel, ela encontra um anúncio pedindo urgentemente por uma governanta para cuidar de crianças em Norfolk, sem relatar quantas crianças são, quantos anos tem, qual seria o salário. Mesmo assim, Eliza se interessa e responde ao anúncio, esperando ser chamada para uma entrevista, mas a contratam de imediato.

Estranhando, Eliza faz as malas e parte de Londres. Ao chegar à mansão Gaudlin Hall, ela é recebida por duas crianças: Isabella, uma menina inteligente, esperta e até mesmo mandona, e Eustace, um garoto tímido e simpático. Eliza fica surpresa pela ausência de adultos na casa, e insiste em saber onde estão os pais das crianças. Eles não respondem. E o mistério prossegue consistente durante páginas do livro, algo que Eliza não vai deixar quieto. Ela vai atrás do advogado da família, o responsável pelo seu salário, e faz inquisições a respeito da casa.

Onde estavam os pais? Quem fazia a limpeza e cozinhava? Porque todos da cidade torciam o nariz ao descobrirem onde ela trabalhava? Porque recusavam, assustados, o convite de ir à casa? O que, afinal, acontecera com as governantas anteriores?

E não para por aí. Desde que chegou à cidade, Eliza passa por situações peculiares. Portas batem, mãos invisíveis agarram seus pés, a água sempre tão gelada de repente queima seus braços, sente como se quisessem empurrá-la, jogá-la da janela. As tentativas foram várias, e Eliza sempre suspeitou ser provocado pelo cansaço, mas após tirar respostas do advogado, ela cai na real. Aquilo não era produto de sua imaginação. A casa era assombrada de verdade e, seja quem fosse a presença fantasmagórica, estava atrás dela. As crianças pareciam protegidas, intocáveis. O alvo de toda a tortura era Eliza.

Fechei os olhos e suspirei, esticando meu corpo, minhas pernas descendo e descendo por baixo das cobertas; esperei o momento em que meus dedos dos pés encostariam na armação de madeira da cama, mas eles não encostaram, e sorri ao perceber que a cama era mais comprida do que eu; poderia me esticar o quanto quisesse, e foi o que fiz, satisfeita ao sentir meus membros doloridos relaxarem conforme chegavam o mais longe que conseguiam, os dedos dos pés dançando sob os lençóis, uma sensação de alivio muito prazeroso, ate que duas mãos agarraram meus tornozelos com força, os dedos apertando meus ossos com agressividade conforme me puxaram para baixo na cama e eu perdi o ar, arrastando-me para cima o mais rápido que pude.

A solução era fácil: fugir. Mas e as crianças? Ela se apegara tanto a elas, por mais que o comportamento delas fosse incomum, que jamais as abandonaria. Ela teria de ser forte e lutar.

Sem brincadeira, esse foi um dos  melhores livros de terror que já li. Tem a pegada exata que bota horror ao leitor, do jeito que sempre quis ler e nunca havia encontrado até então. A história em si é previsível, sim, é uma leitura inclusive rápida, mas esse é o ponto admirável, não se prolonga ou estende só para promover um terror arrastado, ele é realizado na medida certa e suficiente para amedrontar

Eu costumo achar filmes muito mais assustadores do que livros, por conta dos barulhos e toda a ambientação criada pra dar susto, mas com A Casa Assombrada, sim, posso dizer que vocês enfartariam. Eu li o trecho que citei adivinhem em que momento, em taantos na vida? Justamente quando estava deitada na cama, com as luzes todas apagadas. Morri ali mesmo, sim ou claro? Muita sacanagem, fala sério.

Enfim, é um livro que recomendo a todos os fãs de terror. Uma história simples, composta dos elementos perfeitos para promover aquele calafrio.

Nota: 5

Sobre mim: Carolina Rodrigues, 21 anos, mora em Santos e cursa faculdade de Biomedicina. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.

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