Asylum

Nome: Asylum
Título Original: Asylum
Autora: Madeleine Roux
Série: Asylum
Editora: V&R
Livro: Skoob
Sinopse:

Para Dan Crawford, 16 anos, o New Hampshire College Prep é mais do que um programa de verão – é uma tábua de salvação. Um pária em sua escola, Dan está animado para finalmente fazer alguns amigos em seu último verão antes da faculdade. Mas, quando ele chega no programa, Dan descobre que seu dormitório para o verão costumava ser um sanatório, mais comumente conhecido como um asilo. E não apenas qualquer asilo — um último recurso para criminosos insanos. À medida que Dan e seus novos amigos, Abby e Jordan, exploram os recantos escondidos de sua casa de verão assustadora, eles logo descobrem que não é coincidência que os três acabaram ali. Porque o asilo é a chave para um passado terrível. E existem alguns segredos que se recusam a ficar enterrados.

Esse livro é daqueles que a gente bate o olho e se apaixona por completo. É aquele amor que você deseja que dure pela eternidade. Que viciado em terror consegue resistir a essa capa? A editora realmente fez um trabalho impecável!

A história começa com Dan Crawford indo passar o verão num preparatório pra faculdade chamado New Hampshire College, onde os alunos podem escolher quais aulas vão querer ter, pra se familiarizar mais com o curso que pretendem fazer. O clima estranho já se torna evidente logo que chega ao local e nem mesmo o taxista se atreve a chegar mais perto. Mas isso é porque o dormitório oficial da faculdade está em reforma, então os alunos tem de ficar numa casa desativada onde antigamente era um manicômio (ou asilo, como costumavam chamar), mais especificamente para assassinos em série loucos.

A primeira pessoa que Dan conhece é Felix, seu colega de quarto, e embora de primeira impressão ele pareça totalmente nerd e bem estranho, eu acabei por gostar bastante do personagem no decorrer do livro, mas Dan se sente em desespero ao achar que teria dificuldade em fazer amizade com outras pessoas, e teria de suportar Felix o tempo todo. Por sorte, logo ele conhece Abby e Jordan, e aos poucos eles vão criando uma grande amizade. No entanto, essa relação que eles criam se fortalece e ao mesmo tempo vive em conflito por um único motivo em especial. Logo no primeiro dia, Dan encontra uma foto bem antiga de um homem na sua escrivaninha, com o detalhe de que seus olhos estão totalmente rabiscados. Felix, vendo aquilo, comenta que existe uma sala desativada naquela casa contendo fotos parecidas com aquela, e isso despertou uma curiosidade insana em Dan, que sugeriu à Abby e Jordan que fossem até lá para investigar melhor o caso.

Só que Felix não citou que havia uma grande placa alertando que a entrada era proibida, e que a porta estava trancada. Mas desde quando isso é um problema pra jovens aventureiros sem noção do perigo, não é? Logo eles conseguem invadir, e descobrem não só que aquela sala era, na verdade, o escritório do médico chefe do manicômio, assim como haviam diversas fotos e relatórios espalhados, além de uma porta que levava às profundezas aterrorizantes do lugar.



O manicômio não era simplesmente um lugar onde prendiam os pacientes e os deixavam trancados e davam tratamentos pacíficos. Na realidade, o lugar foi fechado justamente por ter sido descoberto que o médico fazia experiências nos pacientes, remetendo-os a sacrifícios em prol da ciência, na esperança de deixar um legado. Era um daqueles médicos da Segunda Guerra Mundial, basicamente. Tão chocados com todo o sofrimento representado nas fotos, eles prometeram que nunca mais voltariam àquela sala. E quem disse que eles teriam escolhas?

Dan começa a receber cartas anônimas com uma letra bem característica dos anos antigos, e diversas situações os obrigam a voltar no escritório atrás de respostas, algo que lhe dissesse que aquilo realmente estava acontecendo, que ele não estava ficando louco.

Esse livro é muito booom, e completamente diferente no quesito das páginas. Os capítulos são decorados, e várias passagens trazem imagens que nos fazem entrar mais ainda na história, pois além de visualizarmos na própria mente as cenas descritas, ainda temos a figura pra complementar qualquer detalhe que tenha passado despercebido, tornando tudo mais real. E elas tem aspectos bem antigos, preto e branco, que nos transmitem sensações de angústia ao imaginar tudo o que os pacientes deviam ter passado nas mãos daquele médico, que na visão dele, só estava tentando fazer o bem (não que eu discorde, pois se eles tinham problemas neurológicos, e eram criminosos perigosos, não havia muita salvação além disso). Com isso, também, Dan e seus amigos passam a ter pesadelos a respeito do que encontravam, até que realizam a maior descoberta de todas: Eles não estão ali por acaso.



Juro que achei que ia acabar tendo pesadelos também. Não, o livro não bota muito terror, mas a pressão psicológica e o clima que envolve a história (junto das imagens, repito; essa foi uma tática ótima!) acaba perturbando, e fazendo com que surja milhões de dúvidas, infelizmente sem muitas respostas. Só ao chegar na última página descobri que é uma série, e que por isso, muitas questões ficaram no ar, embora dê pra se ter uma noção de tudo que houve. Não sei dizer se fiquei contente por ser uma trilogia (afinal, é mesmo uma história boa, com escrita fácil que faz a leitura fluir rapidamente, e ser bem envolvente), ou decepcionada por estar na esperança de ter todos os mistérios resolvidos nesse único volume (o que acredito que teria sim como fazer). Não vá esperando um monte de fantasmas os perseguindo pelos corredores e te assustando o tempo todo. Não, longe disso, eles não são apenas adolescentes correndo atrás do perigo e ficando encapetados por isso; eles tem uma real conexão com a história do manicômio e isso acaba por afetá-los bastante. Aliás, já falei que Dan é adotado e tem lapsos de memória? Pois é, a coisa só vai complicando mais haha. Esse primeiro volume acabou de ser lançado e eu já quero maaaais :(

E vou falar, parte de mim tinha esperança de essa história ser baseada em fatos reais. Li um livro recentemente com leve toque de terror que era, e quando vi que a autora foi até a cidade e os locais só pra pesquisar e escrever, meu entusiasmo foi maior ainda. Mas nha, dessa vez foi só a incrível criatividade da autora mesmo, haha. E espero que no próximo livro a autora aborde melhor os eventos que ocorreram no manicômio; fiquei curiosa em saber exatamente ao que os pacientes eram submetidos, não só comentários superficiais e soltos pelas cenas.

Nota: 5

Sobre mim: Carolina Rodrigues, 19 anos, mora em Santos e cursa faculdade de Biomedicina. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.

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