O Milagre

Nome: O Milagre
Título Original: The Believer
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Livro: Skoob
Sinopse:

Jeremy Marsh é um jornalista cético que dedica a vida a investigar e desmentir fenômenos sobrenaturais. Ele está no auge do sucesso, prestes a ir trabalhar na TV, quando recebe uma carta curiosa.
Nela, uma senhora relata a ocorrência de luzes estranhas e fantasmagóricas no cemitério de Boone Creek, uma pequena cidade na Carolina do Norte. Farejando uma boa história, Jeremy sai de Nova York e vai passar uma semana lá.
Quando começa suas investigações, ele conhece a obstinada Lexie Darnell. Responsável pela biblioteca local, ela está determinada a proteger as pessoas e a cidade que tanto ama - e nem um pouco disposta a confiar no forasteiro. Depois de sofrer pelo término de dois relacionamentos, ela tem duas certezas: a primeira é de que seu lugar é em Boone Creek, e a segunda é de que não se pode acreditar num homem tão sedutor quanto Jeremy. O que ela não imagina é que o jornalista também tem suas feridas. Ele nunca conseguiu superar completamente a dor de seu casamento desfeito e a frustração de saber que jamais poderá ser pai.
Enquanto tenta descobrir a verdade por trás das luzes do cemitério, Jeremy tem que desvendar também os próprios sentimentos e se vê diante de escolhas muito difíceis, entre elas a de voltar para a vida que conhece em Nova York ou fazer algo completamente novo: acreditar.
O milagre é um romance que explora os maiores mistérios de todos: os do coração.

Nicholas Sparks é aquele autor perfeito pra promover um desastre naquelas famosas manteigas derretidas. É aquele que sempre presenteia os leitores com romances arrebatadores, e um toquinho de drama. É aquele cujas obras já supomos tudo o que vai acontecer do início ao fim, mas não em O Milagre.

Embora eu tenha uma pequena enorme tendência aos livros de romance, nunca dei muita atenção pros do Nicholas Sparks, pois o único que cheguei a ler, Um Amor para Recordar, acabou me decepcionando e nem chegando aos pés do filme, então preferi não me arriscar mais. Porém, quando surgiu a chance de ler O Milagre, que já havia sido publicado pela editora Agir, e esse ano foi lançado pela editora Arqueiro com uma capa nova (que aliás, de início, não parece corroborar com a história, mas depois todas as peças se encaixam), acabei decidindo dar uma segunda chance.

E ainda bem que mudei de ideia!

Jeremy Marsh é um jornalista que está sempre atrás do paranormal. Quando encontra casos novos, ele vai afim de desvendar o mistério, e revelar que não existe Gaspar nenhum assombrando o lugar. Na mente dele, pra tudo existe uma resposta. E justamente quando está no auge de sua carreira, Jeremy recebe uma carta vinda de Boone Creek, uma pequena cidade, relatando presenças fantasmagóricas no cemitério, pois os cidadãos alegam ter visto luzes no local. Aquilo instiga a curiosidade de Jeremy, que faz as malas sem pestanejar e parte pra uma nova matéria.

Na cidade, ele conhece Doroty, a senhora gentil que lhe enviou a carta. Ela conta que as luzes apareceram há bons anos, e tem se tornado o grande mistério que atrai até mesmo turistas. Cada pessoa tinha uma versão da história, teorias de a cidade ter sido amaldiçoada, o cemitério estar afundando, entre tantas outras hipóteses que levavam à aparição das luzes, que inclusive não tinha um horário específico para aparecer. Mas Doroty sabia. Ela sabia que não eram fantasmas, que existia um motivo real, uma explicação por trás daquilo. Assim como ela sabia o sexo da criança só de tocar nas mulheres grávidas. E apesar de Jeremy ser extremamente cético no quesito de acreditar na clarividência de Doroty, ele sente segurança nas palavras dela quanto às luzes, o que torna sua determinação em descobrir a verdade maior ainda.

- Você vê o mundo de outra forma agora? - sugeriu.
Ela suspirou.
- É, acho que é isso.
- Acho que acontece com todo mundo que cresce - respondeu Jeremy. - Você descobre quem é, o que quer, e então percebe que as pessoas que conhece desde que nasceu não enxergam as coisas como você. E guarda as lembranças maravilhosas, mas se vê seguindo adiante. É perfeitamente normal.

Por indicação de Doroty, ele vai até a biblioteca, onde encontra Lexie Darnell, a bibliotecária e, coincidentemente, neta de Doroty. Uma mulher incrivelmente bela que o deixa fora de sintonia, não só pela beleza, mas principalmente pela inteligência e teimosia. Ela lhe entrega diários e livros que o ajudarão a conhecer mais a fundo a história da cidade, para poder caminhar na investigação até uma resposta. E nisso, Jeremy encontra uma oportunidade de conhecê-la melhor, fazendo perguntas e a levando junto ao cemitério, mesmo que ela permaneça sempre relutante.

O Milagre é uma história que vai muito além do romance. Durante as 288 páginas, nós conhecemos diversos personagens e suas particularidades, de forma que nos sentimos próximos, como se também vivêssemos naquela cidade pequena, onde todos se conhecem. Somos apresentados às suas rotinas, seus dramas, seus sonhos, tudo dentro de uma única semana. Todo o mistério que envolve o cemitério se mantém presente do início ao fim, mesmo enquanto o amor deles se desenrola. E é tão bonito! Nada de se entregar logo no primeiro olhar. Sabem como é livro do Nicholas, né? Sofrimento que não acaba mais, e o leitor com o coração na mão.

Lexie é uma mulher forte, corajosa, decidida e profundamente teimosa. No começo até irrita um pouco ela não dar brecha pro coitado do Jeremy, mas é compreensível. E embora ela tenha construído esse muro, ela continua sendo educada e profissional o máximo possível, mesmo que de vez em quando abaixando a guarda. Até porque com o Jeremy não tem como segurar o riso; ele é tão carismático que o leitor simpatiza logo de cara.

Esse é um livro que nas primeiras páginas pode ser um pouco arrastado, mas que quando engata, se torna impossível largá-lo até descobrir o que são aquelas luzes, e quando finalmente Jeremy irá desvendar como alcançar o coração de Lexie.

Nota: 5

Sobre mim: Carolina Rodrigues, 20 anos, mora em Santos e cursa faculdade de Biomedicina. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música..

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