20 curiosidades sobre O Poder da Vingança e dicas para autores iniciantes

Oie, dragõezitos!

Vocês não aguentam mais ver post sobre o meu livro por aqui né? Hahaha! Acontece que eu só tenho mais o mês de outubro pra conseguir vender todos os exemplares. Restam apenas 22, e toda a ajuda será muito bem-vinda! Seja com divulgação, resenha, preciso urgentemente vender essas unidades nesse mês, então quem tiver interesse de comprar ou me ajudar divulgando, eu vou agradecer do fundo do coração!

Caso ainda não tenha lido, já saíram duas resenhas de O Poder da Vingança: Aqui no blog feito pela Mari, no blog Prefácio feito pela Sil e no blog A Colecionadora de Histórias feito pela Carol. Tenho previsão de ainda mais duas resenhas saírem, mas enquanto isso, vou contar algumas curiosidades a vocês sobre o livro e sua construção.




1 – Como comentei antes, comecei a escrever esse livro aos 15 anos. Antes dele, escrevia apenas contos junto de algumas amigas e inclusive postei uma série no Fanfic Obsession chamado Uma Noite Aterrorizante. Ainda está lá, se quiserem procurar, mas já adianto que é bem cafona. Fazia sucesso na época, e sou muito apegada à história por significar o começo da minha vida de pseudo-autora. As fanfics estavam em alta, muito mais do que hoje em dia, e minha intenção real era que PDV fosse uma fanfic. Quando terminei de escrever, percebi que a história possuía um potencial grande e que eu poderia acrescentar várias outras coisas nela, então acabei transformando-a num livro. Perdi totalmente a vontade de postá-la como fanfic, focando na possibilidade de publicar como livro.

2 – Eu amo McFly. Foi a banda da minha adolescência, e minhas amigas compartilhavam da mesma paixão. O Fanfic Obsession antigamente também era 99% dedicado ao McFly, e daí que saiu a minha inspiração para criar Daniel, Nicholas, Matheus e Henrique, personagens da obra. Mesmo quando a ideia passou a ser transformar num livro, não quis tirá-los de lá. Se tirasse, perderia toda a essência da história. Inclusive, me baseei em um vídeo deles dançando ao som de uma música para criar uma cena.

3 - Daniel Palacci também é parecido fisicamente com Danny Jones, tirando a tatuagem, embora o Danny real também tenha o braço coberto por tatuagens. Nos velhos tempos, Danny sempre aparecia nos vídeos vestindo camisa xadrez, o que sempre caiu perfeitamente nele, e o nosso Daniel segue o mesmo exemplo. A música Bittersweet Symphony na playlist é a versão original, mas na minha cabeça, quando leio essa parte da história, a versão que passa é a do cover que Danny Jones gravou. Se alguém quiser conferir, é só clicar aqui.

4 – Adivinhem só em quem as amigas de Becky são inspiradas? Sim, nas minhas amigas. Infelizmente, o tempo passou e já não tenho mais contato com todas, mas é como se eu ainda tivesse um pedaço delas através das personagens que criei graças a elas. Até mesmo uma amiga do colegial tem sua aparição, junto dos desenhos que ela sempre foi tão boa em fazer. Então imaginem o quanto fico nostálgica sempre que pego o livro pra ler. Felizmente, meus pais estão longe de ser parecidos com os da Becky. Se cheguei onde estou hoje é graças a eles e agradeço diariamente por tê-los na minha vida.

5 – A história se passa em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Nunca fui lá, mas tenho muita vontade haha. Tive que fazer algumas pesquisas também para a ambientação da história ser o mais fiel possível.

6 – Se vocês repararem, a maioria das músicas citadas pode ser considerada um pouco antiga, dos anos 2000, e isso se deve pelo ano em que escrevi o primeiro rascunho do livro. Cheguei a cogitar a possibilidade de substituí-las por mais atuais, mas não seria o mesmo. As músicas não eram apenas uma trilha sonora, mas parte da história. A letra das canções estão intrinsicamente ligadas aos acontecimentos, e não consigo ver a história com músicas diferentes. Elas representam tudo de mais importante. Representam as emoções dos personagens, seus sentimentos mais profundos, seus medos e incertezas. Elas ambientam a história e nos aproxima dela. Música é tudo pra mim. Tenho uma infinidade de músicas que me lembram de determinadas pessoas, e com PDV não é diferente. Na minha festa de formatura de faculdade, tocou She Wolf do David Guetta com a Sia, e o que eu senti foi tão grande, tão significativo que nem posso explicar. Só sei que fechei os olhos e lembrei direitinho da cena em que essa canção se encontra. E é isso o que eu quis transmitir com a playlist. Indiretamente, ela conta a trajetória de Danny e Becky. Desde seu encontro inicial até as consequências finais. Elas projetam o sentimento entre eles crescendo, e o que o destino reservou para eles.

7 – Capital Inicial é uma das bandas nacionais que mais amo. Não foi intencional que as músicas ao decorrer do livro fossem internacionais e as do início e fim de cada capítulo fosse nacionais. Foi apenas uma coincidência que funcionou muito bem, e foi incrível ver como as músicas do Capital Inicial combinavam com PDV. Foi difícil de escolher os trechos até, porque muitos cairiam bem naquele capítulo em especial. Lembro que cheguei a entrar em contato com a Babi Dewet, famosa na era das fanfics e que posteriormente publicou a versão física de Sábado à noite, se eu precisava dos direitos da banda pra colocar as músicas no livro, e ela me respondeu com a maior simpatia.

8 – Nunca tive pretensões de ser uma autora famosa. Acho que devemos ter os pés no chão, passos de bebê. Eu me contentaria só em ter um livro meu em mãos, e quando a editora Maresia publicou uma proposta imperdível no Facebook, eu topei na hora. E não é que deu certo? Ainda é irreal pra mim. Completamente irreal. Acho que vou passar uma semana encarando o livro e babando quando o tiver em mãos.

9 – Falamos das inspirações dos personagens e das canções, mas e a história? De onde surgiu um suspense tão cruel? A resposta é: Aos poucos. Vocês vão achar loucura, mas eu em meus plenos 15 anos estava assistindo o canal da Disney na televisão quando passou uma propaganda sobre moda. Achei tão legal aqueles vestidos glamorosos, aquela elegância, e não demorou pra que começassem a surgir os primeiros traços da obra na cabeça. Como sempre gostei de personagens complexos e incompreendidos, Becky me veio à mente, sendo obrigada a modelar os vestidos pra mãe, grande estilista que pouco reconhece o trabalho da filha. E sabe o mais engraçado? Nunca fui ligada em moda. Nem passo maquiagem direito. Mas eu queria ir à fundo no assunto, então pesquisei e estudei tudo acerca do mundo da moda.

10 – Mas isso não era suficiente. Eu nunca fui boa em escrever romances clichês e fofos. Me chamem de louca novamente, mas a grande maioria das minhas histórias possuem um toque sombrio. É com elas que me dou melhor. Gosto de construir personagens problemáticos e “malvados”. Gosto de os decifrar lentamente, ir descobrindo qual poderia ser o seu segredo, o que poderia esconder por trás da máscara. Personagens bons e cativantes são maravilhosos, garantem uma leitura fácil repleta de suspiros e sorriso no rosto. Mas eu acho a sensação de criar um vilão muito mais empolgante. Abusar de palavras rudes, construir sua personalidade contraditória, fazer com que ele engane o leitor. Jonathan foi um dos personagens que eu mais gostei de escrever. Suas atitudes frias, seu fetiche assustador. Quem ler o livro vai entender do que estou falando, e vai concordar que Jonathan foi feito para ser odiado. E é essa mesma a intenção. Autores não podem ficar em sua zona de conforto. Eles devem desbravar a própria escrita, se aventurar por vias que nunca adentrou, e graças a esses personagens tive ideias de novas cenas que jamais teria se não fosse pelo modo como agem e pensam.

 

11 – Aproveitando o embalo, para você autor iniciante que ainda guarda o manuscrito no word naquela pasta escondida, é normal ter bloqueios. Reescrevi PDV 3 vezes. A versão original possuía uma escrita muito cafona. O livro mal tinha 100 páginas e a narrativa era pobre. Depois, tomei coragem para reescrever. E isso leva tempo, sim! Tempo pra caramba. Tempo que às vezes você não tem no momento. Eu passava a madrugada inteira escrevendo. Largava namorado pra escrever. Ia tomar banho à espera de que novas ideias surgissem. Ia dormir e ainda pensava na história e novas cenas iam aparecendo na mente. É um processo exaustivo, sim, mas ao mesmo tempo deslumbrante. Ainda mais quando você finaliza, lê a história inteira e fica satisfeito com o que encontrou. Depois da segunda vez, se passou alguns anos até eu pegar o livro pra ler de novo e ver que ele ainda não estava do jeito que eu queria. E lá fui eu reescrever 548 páginas novamente. Lógico que por isso o número de páginas foi aumentando. Mas valeu a pena a edição, tenho certeza.

12 – Seu livro nunca vai estar perfeito. Ainda leio a história e encontro partes onde mudaria um detalhe ou outro, um diálogo ou outro. Faz parte. Mas como uma querida amiga me disse, agora não adianta mais, meu livro já está pro mundo. Mas meu conselho é ser perseverante e se esforçar até que a escrita saia o mais próximo do que você considera bom o suficiente. A história tem que te agradar antes de agradar aos outros. Sempre haverá crítica. Sempre vão botar defeito em algo que você nunca viu problema. Mas se você está feliz consigo mesmo e com a história que criou, pode ter certeza que isso chegará aos leitores através das suas próprias palavras no livro. E quanto ao bloqueio, eu costumava escrever cenas aleatórias antes de conectá-la com o resto da história. Nem sempre conseguia escrever numa trajetória contínua. Eu sabia o caminho que a obra ia tomar, mas ainda não sabia como chegar em determinado lugar, então ia escrevendo cenas intermediárias para enfim conseguir conectar tudo. Cada um tem seu jeito que acha melhor de escrever e se encontrar na história, mas ao menos isso funcionou comigo.

13 – É verdade quando dizem nas resenhas que não podem contar muito da história para não soltar spoilers. Mas posso contar uma coisa que talvez desperte a curiosidade de vocês. A obra trata de assuntos pesados. Além da violência doméstica já conhecida, também vamos acompanhar perseguições, sequestro e tráfico de órgãos. Falei que gosto de escrever sobre coisas obscuras hahaha. Sequestro já li muito em livros, mas nunca tráfico de órgãos. O que escrevi foi fundado em extensas pesquisas unido ao meu conhecimento biomédico. Embora seja pouco comentado, o tráfico existe e no livro vocês vão encontrar fatos bem curiosos. Tortura, agressões, criminalidade, tudo está presente em PDV. Ninguém mede forças quando se trata de uma vingança que cega.

14 – O prólogo é narrado em terceira pessoa, o restante do livro pela nossa protagonista Becky e os capítulos finais por Danny. Gostaria de ressaltar a importância desses capítulos e como foi bom escapar um pouco da narrativa extensa da Becky para dar voz a Danny. Esses foram capítulos no qual me dediquei muito. Fiz pesquisas através da internet, séries de televisão e até mesmo perguntas pra minha mãe (oi, mãe!) que é sabida na área. Foi maravilhoso rever as situações mais importantes do livro pelos olhos de Danny e apresentar sua luta contra seus sentimentos. O fato de se sentir como um monstro, mas não querer ser. Reconhecer seus erros, mas saber que não faria diferença. Esses capítulos são extremamente esclarecedores. Temos a chance de conhecer mais o Danny, recordações de sua infância e do que ela foi constituída. E foi tão prazeroso pra mim escrever como imagino que será para vocês ler. Se deparar com o personagem tão misterioso agora completamente aberto para nós. Mas vocês irão se chocar também, isso é inevitável.

15 – PDV não é uma história bonita, mas até metade do livro a desconfiança e o romance são elementos constantes, o que eu gosto muito. A cena onde toca Can you take me higher? em especial foi modificada várias vezes e por fim considerei o resultado magnífico. Se você acompanhar com a música, é possível sentir cada emoção correndo dentro do coração dos personagens. Até que as suspeitas comecem a aparecer, dá para aproveitar bem do romance.

16 – O fim possui apenas uma questão que permanece em aberto. A verdade é que depois de escrever PDV, eu escrevi uma continuação chamada Jogo de Mestre. No entanto, como passei a remodelar PDV, acabei deixando o segundo volume de lado. Escrevi bastante até, mais da metade da obra, mas a escrita ainda está lá da primeira versão e não tenho nenhuma previsão de reescrever e também publicar. A resposta concreta para essa única questão está nesse segundo livro, mas se você prestar bastante atenção consegue obter a resposta pro mistério em PDV mesmo, é só enxergar nas entrelinhas. Uma dica então pra vocês é não deixarem qualquer detalhe escapar!

17 – Em Jogo de Mestre também temos playlist, e a banda nacional da vez no início e fim de cada capítulo é Legião Urbana. Só banda espetacular nacional, não é? Hahaha.

18 – Não posso contar muito do segundo livro, já que a maioria de vocês nem leu o primeiro, mas posso dizer que um dos assuntos principais é esquizofrenia. Não sei nem dizer pra vocês o quanto estudei da doença para poder escrever Jogo de Mestre, só sei que foi muito. Não tenho mesmo previsão de terminar de escrever, principalmente porque o livro veio numa hora ruim, já que estou morando em outra cidade, longe de casa, trabalhando e ralando o dia inteiro, mas eu gostaria muito, muito mesmo de arranjar um tempo pra me dedicar da forma que o livro merece.

19 – O contrato que fiz com a editora é de apenas 2 meses. Tenho 50 livros físicos para vender dentro desse tempo e só. Agora restam 22, e assim que o contrato acabar, para quem não tiver condições de comprar e ainda assim quiser ler o livro, vou disponibilizar o livro na versão ebook na Amazon, e também vou organizar um booktour pro ano que vem. Faz tempo que não vemos booktours pela blogsfera, não é? Gostava muito de participar, e espero que vocês gostem da ideia também!

20 – Queridos colegas autores. Continuem na batalha. Parece que hoje em dia ficou mais fácil publicar livro nacional, mas não ficou. As editoras pequenas cobram um preço absurdo pela publicação, e as grandes só consegue quem possui QI ou que fez MUITO sucesso pelo Wattpad, como a FML Pepper e a Carina Rissi por exemplo, duas autoras que eu admiro demais. Li Não Pare! Da FML Pepper quando ainda era volume único e recebi um carinho enorme da autora. Conheci a Carina Rissi na Bienal de São Paulo quando ela tinha acabado de publicar Perdida e a estande estava completamente vazia, só ela lá à espera de algum leitor milagrosamente aparecer, e hoje ela está em primeiro lugar nos mais vendidos. Não é fácil, nunca é. Ainda tenho minhas desconfianças se o meu livro realmente está à venda, mas está, e se Deus quiser o mesmo logo irá acontecer com vocês. A luta de autor nacional nunca acaba, então vamo que vamo!

Mil perdões se ficou grande, acho que acabei me empolgando. Que novidade, né? Não é a toa que meu livro tem 548 páginas hahaha. Muito obrigada pela atenção de todos, espero que tenham gostado de conhecer algumas curiosidades sobre PDV, e quem se interessar e tiver condições de comprar o livro, eu vou ficar extremamente grata!!

Link para compra do livro: http://editoramaresia.com.br/index.php/produto/o-poder-da-vinganca-pre-venda/

Beeeijos dragões do meu coração!

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