Dezenove Minutos

Nome: Dezonove Minutos
Título Original: Nineteen Minutes
Autor: Jodi Picoult
Editora: Verus
Livro: Skoob | Orelha de Livro
Sinopse:

Sterling é uma cidadezinha comum do interior, onde nada acontece – até o dia em que a quietude é abalada por um terrível ato de violência. Peter, um adolescente socialmente isolado que há anos sofre bullying, um dia leva uma arma para a escola e abre fogo contra os colegas, matando dez pessoas. Narrações do passado revelam como as constantes provocações dos outros alunos levaram Peter a se isolar, buscando refúgio em jogos violentos de computador. Josie, filha da juíza responsável pelo caso e que já foi a melhor amiga de Peter, deveria ser a testemunha mais valiosa de acusação, mas não consegue se lembrar do que aconteceu bem diante de seus olhos – ou será que consegue? Conforme o julgamento avança, rupturas entre os adolescentes da escola e a comunidade adulta começam a se revelar, destruindo famílias e as amizades mais íntimas.

Após anos de bullying, Peter leva armas para a escola e atira em diversos colegas de escola, entre eles vários dos quais implicaram com ele durante anos. Ao longo do livro, acompanhamos vários pontos de vistas diferentes, incluindo o de Peter; de seus pais; de Josie - antiga amiga de infância de Peter -; sua mãe, Alex; do detetive do caso; e do advogado de Peter. Eu sei, muitos personagens, mas todos eles têm um papel importante.
Não é o primeiro livro de "chacina escolar" que eu leio, mas também não é um tipo que eu particularmente goste. É um assunto bastante pesado, principalmente porque tiveram diversas nos últimos anos, então soa muito real para o meu gosto. Porém, acho um tema bem interessante, dá para aproveitar bem os motivos e as consequências... Foi o que encontrei nesse livro, mas eles deram bem mais ênfase aos motivos do que às consequências, sendo estas apenas vistas em Josie e algumas poucas passagens em que outras vítimas interagem com os personagens principais.
Achei o livro muito grande desnecessariamente, a história poderia ter sido contada em menos páginas e toda a enrolação me irritou um pouco. É legal ver a perspectivas de outras pessoas sobre as mesmas situações, mas não acho que precisassem ter tanto espaço para TANTOS personagens. E mesmo assim, na minha opinião os personagens foram muito pouco desenvolvidos, sinto como se tivessem contado todas aquelas cenas, mas no final eu sabia tanto quanto no início. Josie, por exemplo, me pareceu um personagem completamente superficial e a autora não conseguiu me fazer entendê-la, sinto que ela mudou de opinião de um dia para o outro, e, sei lá, simplesmente não gostei nela.
O que eu gostei do livro foi que nos fez entrar dentro da mente de Peter, entender o que aconteceu durante todos aqueles anos e porque ele atirou naquelas pessoas. Por mais pertubador que isso seja, em determinado ponto do livro eu estava concordando com ele. Não que eu ache justificável matar pessoas, mas alguns deles mereceram, sério, eles eram horríveis. Além disso, acredito que qualquer pessoa se colocada em determinada situação, também seria capaz de cometer assassinato, gostamos de fingir que todos assassinos são malucos terríveis e assustadores e simplesmente pessoas horríveis, mas isso não é verdade (é claro que tem exceções).
Por fim, não entendo absolutamente nada de Direito, penas ou crimes, mas não fiquei satisfeita com a sentença final. Fica difícil expressar porque sem revelar o final, concordei com uma parte dele, mas não achei a outra justa, apesar de eu entender porque aconteceu.
Nota: 3

Sobre mim: Flávia Crossetti, 18 anos, carioca. Estudante de Psicologia, leitora compulsiva, viciada em séries, escritora de fanfic e feminista nos tempos vagos.

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