Incendiário

Nome: Incendiário
Título Original: Incendiary
Autor: Chris Cleave
Editora: Nova Fronteira
Livro: Skoob | Orelha de Livro
Sinopse:

"Incendiário", livro do inglês Chris Cleave, gerou reações de incômodo e perturbação quando foi lançado na Europa e nos Estados Unidos. Faz sentido: ao mostrar a dor de uma mulher inglesa de classe média baixa que perde o marido e o filho num atentado promovido por Osama Bin Laden, o escritor evitou o maniqueísmo. Em vez de simplesmente satanizar o terrorista e líder da Al Qaeda, Cleave leva o leitor a questionar as relações entre Oriente e Ocidente através do sofrimento de sua protagonista e narradora. esgarçadas.
Apesar de ser um livro curtinho (apenas 240 páginas), levei mais de uma semana para conseguir terminar de lê-lo. O motivo principal foram os erros de pontuação que, por mais que propositais, me incomodaram bastante. Entendi o propósito do autor, achei interessante, mas me dava agonia cada vez que ela colocava vocativos sem vírgula nenhuma, entre outros erros. O outro motivo foi simplesmente que achei o livro pesado.
É a história de uma mulher, cujo nome não é revelado em momento algum, que perde o filho de quatro anos e o marido em um atentado terrorista, organizado por Osama Bin Laden, a um jogo de futebol, que deixa mais de mil mortos. A narração é em primeira pessoa, em forma de uma carta que ela escreve para Bin Laden, nela a moça vai contando como era a vida dela antes e o aconteceu.
Não achei um livro fácil de ler; não sei se é bastante realista ou não, pois nunca passei por nenhum a situação assim, mas foi a sensação que passou. O clima durante o livro inteiro era bastante sombrio. A personagem principal é bem interessante, não é uma personagem nem um pouco perfeita, para ter ideia ela estava traindo o marido com Jasper Black, um dos poucos personagens recorrentes, quando a tragédia aconteceu, mas senti que ela era um pouco... vazia. Durante a maior parte do livro, senti que ela estava sendo passiva demais aos acontecimentos, mas talvez fosse exatamente esse o objetivo do autor. Não tinha muito o que ela pudesse fazer. Nós acompanhamos enquanto a vida da personagem vai sendo destruída e sua saúde mental vai se deteriorando, a personagem parecia ter Transtorno de Estresse Pós-Traumático, com alguns sintomas psicóticos.
Eu amei os outros livros do Chris Cleave (Pequena Abelha e Ouro) e, talvez por isso, tenha ficado um pouco decepcionada. Incendiário foi o primeiro livro dele e, em geral, os primeiros livros nunca são os melhores, mas foi bom eu já conhecê-lo, pois já estava preparada para o nível de tragédia que viria a seguir. De qualquer forma, é um bom livro, muito bem escrito e a história é interessante, apesar de bastante controversa. Eu só gostaria que fosse um pouco mais feliz, por mais que ele quisesse ser realista, eu acabei o livro me sentindo muito deprimida, e não de um jeito bom, o que faz sentido já que conta a história de alguém que perde sua família, mas mesmo assim.
Descobri que tem um filme, de mesmo nome, baseado no livro e estrelando a Michelle Williams, ainda não assisti, mas pretendo.

Nota: 3

Sobre mim: Flávia Crossetti, 18 anos, carioca. Estudante de Psicologia, leitora compulsiva, viciada em séries, escritora de fanfic e feminista nos tempos vagos.

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